Saudade…

Fonte: Catho

Dá pra acreditar que até a saudade consta no calendário de comemorações? Simm… Hoje, 30 de janeiro, é o Dia da Saudade no Brasil. Mas, para que serve esta data? Para recordar a memória das pessoas que partiram, das que estão distantes, dos tempos bons, das lembranças da infância, entre outros.

A saudade é, sem dúvida, um sentimento marcante na vida de todo ser humano, pois demonstra como as pessoas que mais gostamos são importantes e essa data é justamente oportuna para homenagearmos as pessoas queridas que se foram ou para “matarmos a saudade” de entes queridos que estão distantes, nos remetendo à falta que algo ou alguém nos causa, bem como o sofrimento que essa privação pode, momentânea ou permanentemente, nos afetar. 

Desse modo, a palavra saudade, que pode levar ao sentimento misto de saudosismo e melancolia, está ligada a duas palavras do latim, com significados diferentes, porém contextualmente similares. A primeira se refere à palavra “solitate”, que significa solidão, ou seja, a sensação de estar sozinho, com lembranças daqueles que estão longe, ou mesmo a ausência de pessoas, objetos ou situações, podendo-se dizer que é, até mesmo, um sentimento nostálgico daquilo que não voltará mais. A segunda é a palavra “solitude” que está relacionada à saudade daqueles que esperam por alguém ou algo que partiu, porém que voltará um dia.

Segundo a psicóloga Zenilce Bruno, em depoimento ao portal O Povo, apesar de semelhantes, os sentimentos de saudade e nostalgia não são iguais e precisam ser entendidos para melhorar o autoconhecimento. Ela esclarece que a saudade assume caráter afetivo e pessoal. O termo é usado para descrever a falta que sentimos de ex-namorados, amigos, parentes e entes queridos que não estão mais conosco. A nostalgia costuma ser usada para relembrar uma época de vida, uma fase, viagens, uma música.

Como acabamos de ver, a definição de saudade é bem ampla, podendo significar tanto a nostalgia de uma comida que saboreamos no passado e sentimos falta, uma viagem que fizemos a um determinado lugar, como um sentimento mais profundo, quando nos referimos a algo mais pessoal como um ente querido que está longe ou alguém que amávamos mas que se foi.

Esse sentimento que aperta o peito, nos transportando para um tempo em que fomos felizes, trazendo, às vezes, até mesmo lembranças dolorosas, pode ser resgatado com um abraço, uma fotografia, uma lembrança, um encontro, uma ligação ou uma mensagem de carinho, pois como dizia o poeta Mario Quintana, “o tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo.”

E o que nos faz parar no tempo?

Para mim, as boas lembranças das pessoas que, nas diversas fases da minha vida, foram cruciais para a construção da minha existência. Se fosse enumerá-las, a lista seria enorme, mas no topo estão meus avós paternos. Convivi com eles até os meus dezessete anos e tê-los por perto durante toda a minha infância e adolescência, recebendo imenso carinho e afeto, foi um enorme privilégio. Razão pela qual tenho muitas e muitas saudades dos bons tempos que passamos juntos.

Obviamente, sentimos falta de tudo que nos faz bem e como dizem que a saudade está relacionada a afetividade, dias atrás, ao ler o comentário da Carmo, mãe do meu genro Murilo, no post Rir é o melhor remédio e é de graça, citando seu pai, Sr. Henrique, fiquei muito emocionada pois ele, que sempre nos cativou pela sua alegria, candura e generosidade, partiu há dois anos, deixando uma enorme lacuna em nossos corações. Tenho certeza que a saudade que sente pelo seu querido pai, Carmo, é infindável, mas sabemos que ele continua presente em sua vida, apoiando e te protegendo, sempre com seu amável sorriso, te fazendo refletir acerca de toda sabedoria que ele te deixou e incentivando você a sorrir, principalmente nos momentos difíceis de sua vida.  

Assim, a saudade também me leva a navegar nas lembranças dos agradáveis bate-papos com o Sr. Henrique; do abraço aconchegante que só a Elisa Mieko conseguia dar; do olhar terno da doce lhasa Maggie que esteve tão presente na minha vida; da deliciosa coxinha de frango que só a Dona Teru, minha sogra, sabia fazer; da primeira vez que fui à praia e entrei no mar com o meu pai; da inesquecível viagem ao Japão com meus avós, enfim… de tudo aquilo que desponta em mim uma lágrima de tantos momentos felizes!!!

Sem contar que continuo sentindo saudades dos meus amigos e familiares, dos meus netinhos e das minhas filhas que moram longe, das viagens em família e de tantas coisas e de tanta gente que alimentam a minha eterna gratidão ao Universo por fazerem parte da  minha vida. E você? De quem e/ou do que tem saudades? 

Afinal, Fernando Pessoa declarava que “não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram”.

~ Bia ~

O Japão se veste de branco no inverno

Templo Kiyomizu-dera, em Kyoto | Fonte: Mundo-Nipo

Quando as últimas folhas do outono caem anunciando o início do inverno, os japoneses se preparam para “curtir” ou “descurtir” a estação mais fria do ano. À medida que o inverno se aproxima (meados de dezembro), a temperatura começa a cair e em diversas regiões, onde o inverno é mais rigoroso, observa-se anualmente uma enorme quantidade de neve.

Para a maioria de nós, brasileiros, que vivemos num clima tropical e raramente temos a oportunidade de ver a neve, contemplar o manto branco em todo o seu esplendor é, sem dúvida, um colírio para os nossos olhos. Muitos turistas viajam grandes distâncias para ver esse lindo espetáculo da natureza e como o Japão é um país densamente montanhoso, possuindo muitos picos para a prática de esportes de inverno, é um dos principais destinos de esqui e snowboard do mundo.

Remoção de neve | Fonte: Audrey Kletscher Helbling

No entanto, na mesma proporção que causa fascinação, a neve pode se tornar extremamente indesejável. Essa semana, mais precisamente no dia 24 (terça-feira), várias regiões do país foram duramente castigadas por uma forte nevasca, causando muitos transtornos para a população. Centenas de voos e trens foram cancelados e o tráfego nas rodovias ficou paralisado, gerando um verdadeiro caos no sistema de transporte público. Sem contar que, para evitar acidentes, é preciso tomar muito cuidado para remover a neve acumulada no telhado, não derrapar ao dirigir e, até mesmo, não escorregar caminhando nas calçadas.

Hokkaido | Fonte: Japão com Tsuge

Mas… como diz o velho ditado que “depois da tempestade vem a bonança”, após as turbulências, tudo volta ao normal e convenhamos que a neve possui, sim, um caráter lúdico que proporciona momentos de lazer, diversão e alegria para crianças e adultos. 

Tomamu Resort Hokkaido | Fonte: Hoshino Resorts

Neste sentido, a possibilidade de praticar esqui, snowboard e outras modalidades esportivas tem atraído cada vez mais turistas para as montanhas de Hokkaido (província situada no norte do país), principalmente pela excelente qualidade da neve powder, trazida pelos ventos da Sibéria que varrem a ilha nesta época do ano, proporcionando uma abundante neve fresca. Na região, um dos destinos preferidos é Sahoro, que oferece uma boa variedade de pistas para iniciantes e avançados, caminhadas de inverno, snowmobile e atrações para crianças. Entretanto, no Tomamu Resort Hokkaido, um dos destaques é a prática do esqui noturno, modalidade ainda pouco existente em outros lugares do mundo.

Festival de Neve de Sapporo | Fonte: Hokkaido.a4jp

Desse modo, Hokkaido é a “queridinha” do Japão quando se fala em neve. Aliada à paisagem cênica de deixar qualquer um de queixo caído, um dos maiores festivais de inverno do mundo – Sapporo Snow Festival – transforma os gélidos dias da estação em uma divertida e calorosa festividade. Localizado no Parque Odori, no centro da cidade, no evento que neste ano será realizado entre os dias 4 a 11 de fevereiro, será possível se encantar com um fascinante mundo de neve e gelo que se estenderá por aproximadamente 1.5 quilômetros. Segundo os organizadores, os visitantes poderão desfrutar de uma variedade de atrações, como as gigantescas esculturas de neve, os deliciosos pratos típicos da região, uma pista de patinação e muito mais!!! 

Pinguins em Asahikawa | Fonte: Você na neve

Também vale a pena conhecer o Zoológico de Asahiyama, onde dá pra acompanhar de pertinho a marcha diária dos pinguins e ver esses simpáticos animais nadando a partir de um tubo submerso. Os animais em exibição incluem a vida selvagem nativa de Hokkaido, veados, águias e grous, bem como vários animais de todo o mundo, como ursos polares, macacos, felinos, hipopótamos e girafas. No evento “Asahiyama Zoo by Snow Light” realizado anualmente no início de fevereiro, velas de gelo são acesas para dar ao zoológico uma atmosfera especial, sendo uma ótima oportunidade para conferir como os animais se comportam nas noites de inverno, principalmente as espécies noturnas.

Gelo à deriva | Fonte: Japan-guide.com

Ainda no norte do Japão, uma das melhores maneiras de ver o gelo à deriva (drift ice) é participando de passeios de barco na costa japonesa de Abashiri. Para os caçadores de emoção, algumas agências de turismo também oferecem passeios para caminhar no gelo, sendo possível observar os animais que vivem sobre e sob o gelo e até mesmo nadar no mar com trajes de banho de proteção. Os passeios permitem explorar os fenômenos de perto, enquanto se caminha nos grandes pedaços de gelo flutuantes, sob a orientação atenta de um especialista local. Congelante, não é mesmo? 

Se andar no gelo não é uma boa pedida, que tal pescar no gelo? 

Pesca no gelo | Fonte: Você Na Neve 

Isso mesmo! Difícil acreditar mas milhares de turistas acampam próximos a rios e lagos congelados e se divertem com essa prática, fazendo um buraco no gelo, jogando a isca e esperando a mágica acontecer. Hokkaido é um dos destinos mais procurados para esta modalidade de pesca e está repleta de locais adequados como o Lago Sahoro e Onuma Koen, localizado em Hakodate. 

Vilarejos Shirakawa-go e Gokayama | Fonte: Japão com Tsuge

Imperdível no inverno é visitar os antigos e charmosos vilarejos Shirakawa-go e Gokayama, localizados na região central do Japão. Pelo belíssimo cenário, com as montanhas ao fundo, as casas com telhado de palha (gassho-zukuri) e as árvores cobertas com muita neve, lembrando um conto de fadas, os vilarejos foram tombados como Patrimônio Cultural Mundial da UNESCO em 1995.

Monte Fuji | Fonte: Painel Global

Por outro lado, o inverno é a melhor época para admirar o icônico Monte Fuji, a montanha mais alta do arquipélago japonês, localizada entre as províncias de Shizuoka e Yamanashi. Com a queda da neve, é possível apreciar uma bela coroa branca, que se estende até bem perto do sopé. Só vendo para crer a imponência desta “sagrada” montanha, mundialmente conhecida como símbolo nacional do Japão!!!

Macacos silvestres | Fonte: Japan National Tourism Organization

Pelo fato da província de Nagano, localizada na mesma região, concentrar as montanhas mais altas do Japão e possuir algumas das melhores estações de esqui do país, tornando-a muito atrativa para os turistas, foi a sede das Olimpíadas de Inverno de 1998. Essa província abriga também um dos espetáculos mais inusitados do mundo. O Jigokudani Yaen Koen (Snow Monkey Park) é o habitat de uma tropa de macacos japoneses onde os visitantes têm a oportunidade de vê-los, durante o inverno, mergulhando e relaxando nas fontes termais para se aquecerem. É uma visão excêntrica que pode ser, ao mesmo tempo, surpreendente!!!

Vale de Biwako | Fonte: Living Nomads

Até mesmo nas imediações de Osaka, Kyoto, Nara e Kobe, onde nem sempre neva, é possível a criançada “escorregar” no Biwako Valley, montanha ao norte do Lago Biwa que, por sinal, fica bem próximo de onde estou morando atualmente. Mas… como sou friorenta, ao invés de esquiar, prefiro esquivar-me de lugares que são “branquinhos como a neve”, hehe.

Águas termais | Fonte: Jalan.net

Assim como os macaquinhos de Nagano, adoro curtir as famosas fontes de águas termais, chamadas de onsens. Graças a vasta quantidade de vulcões presentes no Japão, muitas montanhas dão origem a incríveis fontes ricas em minerais, podendo ser encontradas tanto em ambientes internos como casas de banho, hotéis, spas e ryokans (pousadas tradicionais japonesas), como em áreas externas, em meio à natureza e com uma belíssima paisagem.

Sukiyaki | Fonte: Quickly Travel

No inverno japonês, não podemos deixar de saborear o nabemono, que é um dos pratos mais populares da estação. Nabemono é uma palavra composta, onde “nabe” se refere a panela e “mono” significa coisas, de modo que nesse prato os ingredientes (mono) são colocados em uma panela especial (nabe), sendo preparados e servidos na mesa. Alguns dos pratos do nabemono incluem Sukiyaki, Shabu Shabu e Oden. Outra iguaria muito apreciada pelos japoneses são os caranguejos que, ao contrário do Brasil, não são servidos nas praias. Para acompanhar esses pratos quentes, por aqui o costume é beber o saquê, tradicional bebida alcoólica preparada a partir da fermentação do arroz.

De um modo geral, assim é o inverno japonês. Existem as pessoas que são apaixonadas pelo frio e aproveitam o período para se divertirem nas estações de esquis e outras que preferem apenas relaxar nas fontes de águas termais. Há quem prefira descansar nos dias de folga em casa mesmo, debaixo de um cobertor, comendo pipoca e assistindo as séries da Netflix ou tomando chocolate quente enquanto lê um livro. Para os amantes do vinho, não deixa de ser um bom momento para explorar novas uvas, esquentar o corpo, relaxar e degustar deliciosos fondues.

Qualquer que seja a opção, tudo é perfeitamente possível neste adorável país onde, como acabamos de ver, se veste de branco no inverno. Como cada estação tem seus encantos, concordo com Alice Ruiz ao declarar que “neve ou não neve, onde há amigos a vida é leve”. 

~ Bia ~

Respeitar o próximo é cultivar a paz

Fonte: Bolívia Cultural

Gente… religião continua sendo um tema polêmico, mas vou falar sobre esse assunto pois hoje, 21 de janeiro, é o Dia Mundial da Religião e a celebração dessa data é um convite às religiões do mundo todo para uma convivência pacífica e fraterna, de forma a refletirmos sobre a situação das nossas tradições e crenças e o quanto podemos colaborar para um mundo melhor, pois uma das acusações mais comuns feitas às religiões é que elas mais causam violência do que paz. Por essa ótica, pode até parecer que o mundo seria um lugar melhor sem elas e suas rixas, visto que os conflitos religiosos atravessam continentes, épocas e ainda hoje influenciam a política, a economia e as comunidades, resultando em combates ou até mesmo em atos de violência.

Assim, contracenando com esta divergência religiosa, na mesma data, o Brasil comemora o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, como um reforço ao objetivo proposto pelo Dia Mundial da Religião, cujo preceito, independente de ser monoteísta (crer em um deus) ou politeísta (crer em vários deuses e entidades), busca em essência o mesmo objetivo: a paz e o respeito entre os seres humanos e a natureza.

Neste contexto, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Francisco Biasin, defende que para alcançar uma convivência mais fraterna entre as religiões é necessário, antes de tudo, desvincular o conhecimento de um caminho de fé de qualquer influência ideológica e política.

Para o bispo, um caminho de fé pressupõe uma sincera busca de Deus, que nasce da consciência do ser humano, e a partir daí o leva a construir relacionamentos com a natureza e com os outros seres humanos que harmonizam com tal busca, reforçando as palavras do Papa Francisco de que “não pode ser chamada religião, a que justifica a eliminação e a morte de outros seres humanos”.

Segundo o escritor e médium espiritualista Odil Campos, essa “convivência harmônica entre os seres humanos só será possível quando conseguirmos aparar as arestas que surgem da relação entre as pessoas. Para muitos, isso é difícil de aceitar ou fazer. Para outros, no entanto, a visão humana e espiritual permite restabelecer as divisas do bom senso, convivência e respeito à dignidade compartilhada”.

Não irei aqui buscar uma definição para religião ou percorrer os caminhos que nos levam a crer em Deus, mas convém lembrarmos que a Medicina já vem demonstrando que aquele que tem fé se cura mais rápido dos males físicos. Muitos psicólogos também alertam que quem crê tem mais condições de se curar dos chamados males psicológicos ou males da alma. A fé é dom de Deus. Dom significa dádiva, presente recebido de Deus. Fé é o fermento da boa religião. 

Contudo, somos cercados por inúmeras religiões e quando se fala em combate à intolerância religiosa, o assessor da Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e subsecretário adjunto de pastoral da entidade, padre Marcus Barbosa, destaca que a intolerância é o comportamento de não aceitar o que é diferente de mim, do que eu penso, do que eu creio e do que eu faço, enfatizando que “a intolerância dá o braço ao fundamentalismo, à discriminação, ao preconceito e a toda forma de fechamento em si mesmo ou no seu grupo”.

Padre Barbosa também ressalta que esta data é um convite à reflexão de como andam as relações entre as religiões, de como anda o respeito e proteção do direito à liberdade religiosa e também das ações concretas que estão sendo realizadas a favor do diálogo e da paz entre as religiões, destacando o pensamento mais recente da Igreja Católica, expresso na Encíclica Fratelli Tutti do Papa Francisco: “Existe um direito humano fundamental que não pode ser esquecido no caminho da fraternidade e da paz: é a liberdade religiosa para as pessoas que creem de todas as religiões. Esta liberdade manifesta que podemos encontrar um bom acordo entre as culturas e as religiões diferentes; testemunha que as coisas que temos em comum são tantas e tão importantes que é possível identificar um caminho de convivência serena, ordenada e pacífica, na aceitação das diferenças e na alegria de sermos irmãos porque somos filhos de um único Deus”.

Desse modo, temos que convir que o combate à desinformação é uma das principais ferramentas na luta pelo fim da intolerância religiosa. Por meio do conhecimento é possível romper as barreiras do preconceito e assegurar a todos o livre exercício dos cultos, pois respeitar as diferenças e compreender o ponto de vista do outro – que é diferente do seu – é fundamental. Quando fazemos isso com diálogo e serenidade, os conflitos diminuem e evoluímos em fraternidade mútua, uma vez que o preconceito, a discriminação e a intolerância continuam sendo os principais motivos de desrespeito às religiões.

Infelizmente, a intolerância religiosa está presente no cenário mundial, sendo palco de infindáveis discórdias em diversas épocas da humanidade. Crenças que perseguem ou são perseguidas, em razão da dificuldade em aceitar a existência de um Deus diferente do seu, foi, e ainda é, motivo de grandes tragédias. Desse modo, como vivemos em um mundo formado por pessoas diferentes, com posicionamentos, crenças e interesses diferentes, somente o respeito mútuo pode garantir uma convivência saudável em sociedade. 

À vista disso, o Observatório Racial Dom José Maria Pires, articulado pela Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP) nos leva à reflexão de que “há datas para celebrar fatos que nos orgulham como nação e outras para comemorar feitos que nos edificam enquanto brasileiros, mas também existem aquelas, como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que nos convocam à luta pela igualdade, por uma sociedade mais fraterna, em que o respeito seja imperativo a uma convivência entre os diferentes, que assim tornam-se unidade no amor. Afinal, RESPEITAR O PRÓXIMO É CULTIVAR A PAZ!!!

Encerro este post acreditando ser este um momento propício para refletirmos acerca da sábia mensagem de Mahatma Gandhi: “As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?”

~ Bia ~

Rir é o melhor remédio e é de graça

Fonte: Freepik

Você já percebeu como nos sentimos bem mais leves quando damos boas gargalhadas? Justamente pelo fato de nos proporcionar essa agradável sensação de alegria, o riso deveria estar presente diariamente em nossas vidas, mas como estamos sempre atarefados, as atividades que promovem as deliciosas risadas acabam sendo deixadas para trás, não é mesmo? 

O sorriso, como sabemos, é a primeira linguagem não-verbal que aprendemos, sendo muito eficaz, não só para melhorar o estado de espírito das pessoas que nos rodeiam, como também por ser uma forma segura de nos relacionarmos com desconhecidos, tendo o poder “mágico” de nos conectar com todos os nossos semelhantes. 

Não por acaso, o riso também ganhou uma data para ser lembrada. Isso mesmo! Hoje, 18 de janeiro, é o Dia Internacional do Riso, que foi instituído em 1995 pelo médico indiano Madan Kataria, fundador do movimento Yoga do Riso, cujo objetivo principal é promover laços entre as pessoas sem que existam quaisquer julgamentos. 

Partindo do princípio de que a mente é muito complexa, mas o corpo é bem mais fácil de compreender, ao observar o comportamento das pessoas tristes e deprimidas, Dr. Kataria percebeu que a linguagem corporal era semelhante ao estado de espírito, ou seja, menos efusiva e mais arrastada. Ao verificar que forçar o corpo a alterar a postura, seria possível obter um efeito positivo para a mente, fundou o movimento Yoga do Riso, que cria um estado mental positivo, promovendo uma atitude de esperança e de otimismo, uma vez que, ao sorrir, o organismo libera os chamados hormônios da felicidade (endorfina e serotonina), que geram no corpo os efeitos de alívio da dor e na mente, a sensação de bem-estar.

Esse movimento terapêutico, capaz de curar a depressão sem precisar de remédios, consiste na combinação de pranayama (respiração de ioga) e incontroláveis risadas fictícias. Isso porque, segundo estudos científicos, o cérebro não consegue diferenciar o riso verdadeiro do falso, proporcionando os mesmos benefícios.

Fonte: Notícias ao Minuto

Desse modo, nada melhor do que sorrirmos sem moderação, pois ele não tem contra-indicação!!! Além de ajudar a manter o equilíbrio emocional, aumentando, consequentemente, a autoestima e o alto astral, o sorriso diminui a intensidade de emoções negativas como assegura a psicóloga Silvia Cury Ismael, ao concordar com o médico indiano que “rir é importante para a saúde mental, pois diminui o risco de doenças psicossomáticas, como a depressão, ansiedade e estresse”.

Sem contar que, segundo Dr. Abrão Cury, cardiologista do HCor, rir faz um bem “danado” para o coração, ajudando no bom funcionamento do sistema cardíaco pois “quando você sorri, seu fluxo sanguíneo aumenta, auxiliando no controle da pressão arterial e protegendo contra ataques cardíacos e outros problemas cardiovasculares”.

Fonte: Holmes Place

Assim, dar risadas ou apenas sorrir é, sem dúvida, um ótimo método preventivo e terapêutico, pois ao fortalecer o sistema imunológico e reduzir o risco de desenvolvimento de doenças relacionadas ao estresse, ajuda na diminuição de prescrições médicas. Para se ter uma ideia, para que possamos sorrir, o corpo humano precisa movimentar aproximadamente 80 músculos. O riso “mexe” com o cérebro, garganta, coração, tórax, pernas, pés, além do rosto, é claro! 

Essa maravilhosa forma de expressar alegria, além de trazer inúmeros benefícios acima mencionados, promove a queima de calorias, melhora a qualidade de sono, fortalece o abdômen, melhora a respiração e a digestão, atua na prevenção de doenças como diabetes, artrites e enxaquecas, estimula a criatividade, induz ao fortalecimento de laços com outras pessoas e o melhor de tudo é que retarda o aparecimento das indesejadas rugas durante o processo de envelhecimento.

Infelizmente, à medida que nos tornamos adultos, vamos “desaprendendo” a dar risadas, impondo, às vezes, condições que limitam o riso. Imagine se todos nós continuássemos sorrindo, na mesma proporção que as crianças soltam gargalhadas, sem nenhum motivo aparente, só de caminhar ao lado uma das outras? Com o tempo, vamos perdendo o hábito do riso espontâneo, do riso que vem do compartilhamento de momentos felizes, de compreender que tudo acontece em seu tempo, momentâneo, breve, passageiro…

Fonte: Acorda Cidade

Mas, como sorriso é de graça e está sempre disponível para utilizarmos a qualquer momento, os especialistas afirmam que é possível “reaprender” a dar risadas através do condicionamento neurológico, apontando que se exercitarmos os músculos do riso, estes irão responder de modo mais natural, sempre que nos depararmos com algo divertido. Afinal, rir todos os dias é um truque em deixar de procurar a felicidade e aprender a cultivar a alegria.  

Inclusive, alguns médicos utilizam a terapia do riso para melhorar o humor dos pacientes, sendo que um dos grupos mais conhecidos atualmente são os Doutores da Alegria, uma organização sem fins lucrativos que introduziu a arte do palhaço no universo da saúde, intervindo junto a crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social em hospitais públicos.

Fonte: Direção Cultura Produções

Uma dose diária de sorriso é contagiante e quem está sempre bem humorado, consegue olhar para as situações de risco de modo mais realista e menos ameaçador. Assim, nada melhor do que estarmos sempre criando oportunidades para rir como, por exemplo, assistindo filmes de comédia, cercando-se de pessoas felizes e participando de entretenimentos engraçados. 

Diversas pesquisas também comprovam que, ao sorrir, você automaticamente gera mais empatia e confiança nas pessoas à sua volta, visto ser muito mais fácil se identificar com alguém que está sempre com um sorriso no rosto, não importando ser um desconhecido ou alguém muito próximo. Seja no trabalho, na escola ou no ambiente familiar, a característica solta e transitória do sorriso também nos ajuda a olhar para a vida com menos peso pois, ao sorrirmos, ficamos mais resilientes, tal qual dizia William Shakespeare que “é mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada”.

Fonte: Eu sem Fronteiras

Sorrir tende a atrair pessoas para perto de nós, pois ficamos mais atraentes quando sorrimos. Prova disso é sair um dia na rua sem mostrar os dentes para ninguém e, no outro, sorrir para todas as pessoas que encontrarmos. Muito provavelmente nosso sorriso vai contagiar e gerar experiências inusitadas pois “sorrir um para o outro, sorrir para a sua esposa, sorrir para o seu marido, sorrir para os seus filhos, sorrir um para o outro – não importa quem seja – ajudará a crescer um amor maior de um pelo outro”, como orientava Madre Teresa de Calcutá.

Então, que tal buscarmos tudo aquilo que nos faz sorrir e usar esses recursos sempre que for possível? Como expressava nosso grande humorista Chico Anísio: “Sorrir é e sempre será o melhor remédio”!!! Sorria… mesmo que você não esteja sendo filmado, hehe…

~ Bia ~

Obrigado!!!

Fonte: Jornal da Madeira

Estamos no início de mais um ano e, ao consultar o calendário oficial das datas comemorativas, verificamos que todo dia é dia de comemorar alguma coisa importante. Seja uma data histórica ou uma data simbólica, celebrar é preciso. Você sabia que existe até mesmo o dia internacional para comemorarmos o ato de agradecer? Simmm… Hoje, 11 de janeiro, festejamos o Dia Internacional do Obrigado.

Nos primeiros dias do ano, enquanto preparava o artigo sobre a Gratidão, minha prima Cláudia me lembrou que em janeiro também temos o dia do “obrigado” e ficamos questionando porque esses dois temas, aparentemente tão similares, eram comemorados em datas tão próximas. Após algumas pesquisas sobre o significado das palavras Obrigado e Gratidão, nos deparamos que, apesar de ambas expressarem agradecimento, existe uma sutil variação que faz toda diferença.

Desse modo, se olharmos no dicionário, a palavra obrigado significa: “que se sente devedor de um favor, de uma amabilidade; agradecido, grato”. Quer dizer que você está agradecendo e está se sentindo devedor de um favor. Mesmo que nunca seja cobrado, vem o sentimento de que você deve algo ou uma obrigação.

Já a palavra gratidão significa: “sentimento experimentado por uma pessoa em relação a alguém que lhe concedeu algum favor, um auxílio ou benefício qualquer; agradecimento, reconhecimento”. Você demonstra sentimento e respeito pelo gesto da pessoa, sem o sentimento de que “deve algo em troca”. Ser grato, como mencionado no post anterior,  é um modo saudável de trazer para a vida mais positividade, razão pela qual é importante exercitar a gratidão.

Uma vez esclarecida a diferença entre essas duas palavras, vale destacar que o Dia Internacional do Obrigado surgiu por iniciativa dos usuários das redes sociais e sua origem é desconhecida. Mesmo parecendo insignificante, esta palavra de oito letras faz toda a diferença para quem a recebe, assim como deixa feliz quem a profere. Por isso, neste dia, basta sabermos que é uma data dedicada à reflexão sobre a importância de agradecer às pessoas, sejam desconhecidas ou próximas. Distribuir um pouquinho de simpatia com um simples “obrigado”, com certeza fará com que qualquer um de nós se sinta bem melhor! Afinal, quem faz o favor sente-se bem em ter contribuído, assim como quem o recebe, não é mesmo?

Por que dizer “obrigado”?

Estamos acostumados a agradecer às pessoas no “automático”, proferindo o clássico “obrigado”. Mas você sabe a origem desse termo? Pode até parecer, mas não tem nada a ver com a ideia de ser forçado ou coagido. O termo obrigado vem de obligatus que, em latim, é o particípio do verbo obrigare, cujo sentido é ligar por todos os lados; amarrar. Quer dizer que estamos ligados a alguém pelos laços de agradecimento, por causa de uma gentileza ou um favor, expressando um reconhecimento por isso. Na verdade, é uma redução da expressão: “fico-lhe obrigado”, ou seja, “estou ligado a você pelo favor que me prestou”, de forma que um elo passa a existir entre as pessoas que se sentem obrigadas umas para com as outras.

Fonte: Freepik

Entretanto, o sentido do agradecimento vai além do reconhecimento de uma ação. Ele alcança a conexão moral formada entre as partes, existindo o comprometimento de quem recebeu o favor, ainda que momentaneamente. Deste modo, com um simples “obrigado” costumamos agradecer por algo que nos foi benéfico, seja uma atitude humana ou até mesmo algo que cremos ter recebido de uma força superior, fruto de nossos pedidos. Assim, deixar de dizer obrigado, ou obrigada, é visto como falta de educação pela nossa sociedade.

Motivo pela qual, desde pequenos, somos educados a dizer “obrigado” como resposta para qualquer tipo de gentileza que nos seja direcionada. Entretanto, na vida adulta, diante de tantas adversidades, muitas pessoas acabam por ofuscar o verdadeiro significado deste sentimento, tornando a palavra “obrigado” sem o verdadeiro sentido de gratidão, passando a usá-la de forma inconsciente, apenas por educação ou por regras que nos fazem viver em comunidade. Assim, ao dizermos “obrigado”, é essencial agradecermos de “coração” pois a gratidão, essa sim, é um sentimento poderoso e verdadeiramente transformador em nossas vidas, sendo a forma mais elevada de amadurecimento psicológico.

Portanto, ao inserirmos o hábito de dizer obrigado, de forma consciente, reconhecendo o desprendimento do outro, interfere positivamente em nossos níveis de generosidade e compaixão, indispensáveis à construção de relacionamentos mais saudáveis. Quando sentimos gratidão, este sentimento fortalece as relações interpessoais, pois demonstra que somos capazes de reconhecer a importância e o potencial do outro. Quem tem o costume de agradecer, tende a sentir menos inveja, ressentimento, arrependimento e outros sentimentos que geram estresse e descontentamento, uma vez que, ao encararmos as dificuldades com gratidão, lapidamos o nosso ego e crescemos como seres humanos.

Principalmente nos dias atuais, em que o “marketing” vigora fervorosamente nas redes sociais, muitas pessoas anseiam por objetos e status que nem sempre lhes pertencem, lamentando não terem “sorte” e, até mesmo, deixando-se levar pela frustração por não reconhecerem o bem em suas próprias vidas. Neste contexto, o sentimento de gratidão transcende a necessidade do ganho, de modo que viver agradecido eleva nossos olhos acima da materialidade e nos conduz por caminhos mais amenos, blindando nossos desejos contra a efemeridade do mundo consumista em que vivemos. É preciso, acima de tudo, agradecer e dizer “obrigado” ao universo por tudo que temos e somos!!! 

Fonte: Sonho Astral

Como vimos, a gratidão é mais que uma atitude corriqueira de nos mostrarmos satisfeitos com um favor. Ela é uma emoção, um valor que provém da ação gratificante, de um ganho inesperado ou de um pedido atendido. Sentir-se grato é algo que nos coloca em conexão com a prosperidade espiritual e emocional pois, sentindo gratidão pela vida e pelo que ela nos proporciona, nos distanciamos da escassez. Assim, agradecer pelas mínimas coisas nos transborda de abundância: quanto mais gratos nos sentimos, mais coisas boas fluem em nossas vidas! 

Fonte: O Subconsciente tem Poder

Em suma, a gratidão também é um ato voluntário que beneficia as duas partes. Não deixa de ser um bem despretensioso, sem interesses ou cobranças, pois quem faz o favor sente-se bem em ter contribuído, assim como quem o recebe. Sendo assim, jamais devemos fazer um favor almejando algo em troca. O obrigado, o ficar-lhe obrigado, não exige retribuição, pois descaracteriza o bem pelo bem.

Posto isso, vale ressaltar que dizer “obrigado” com o espírito de gratidão, além de ser um sinal de boa educação, é uma forma de partilhar a alegria e o reconhecimento por algo que nos foi concedido, oferecido ou facilitado. Um “obrigado” pode fazer toda a diferença para quem a recebe, ainda mais quando acompanhado do sentimento de gratidão que mostra consideração, respeito e, acima de tudo, humildade. 

A gratidão desbloqueia a abundância da vida. Ela torna o que temos em suficiente, e mais. Ela torna a negação em aceitação, caos em ordem, confusão em claridade. Ela pode transformar uma refeição em um banquete, uma casa em um lar, um estranho em um amigo. A gratidão dá sentido ao nosso passado, traz paz para o hoje e cria uma visão para o amanhã.” (Melody Beattie)

E, como o tema de hoje é sobre a importância do agradecimento, encerro este post agradecendo, do fundo do meu coração, a todos vocês que têm a enorme paciência de ler os nossos artigos (meu e/ou da Dani) e vêm nos incentivando a dar continuidade neste projeto, que é a concretização do nosso sonho. Muito, muito obrigada!!!   

~ Bia ~

Todo dia é dia de gratidão!

Fonte: Divertidosos

Como já dizia Esopo que a “gratidão é a virtude das almas nobres”, em muitos países celebra-se o Dia da Gratidão, em diferentes datas, de acordo com as suas respectivas culturas. No Brasil, a gratidão é comemorada hoje, 6 de janeiro, mas é celebrada, internacionalmente, no dia 21 de setembro. Todavia, nos Estados Unidos, no Canadá e nas ilhas do Caribe, a data para manifestar a gratidão é no Dia de Ação de Graças (Thanksgiving Day), na 4ª quinta-feira do mês de novembro, sendo um dos feriados mais importantes desses países, ocasião em que os familiares e os amigos se reúnem para agradecer pelas dádivas recebidas.

No entanto, qualquer que seja a data, é interessante sabermos que existe um dia para que possamos refletir que é a gratidão que possibilita a celebração da vida como um todo (famíla, amigos, paixões, conquistas, animais de estimação, moradia e o trabalho) e, nem sempre, recebem o merecido reconhecimento. Imperceptivelmente, devido à “corrida dos ratos”, não dispomos de “tempo” para valorizarmos o quanto esses elementos que compõe a nossa vivência diária são essenciais para o nosso bem-estar-bem nesta existência.

Mas… antes de discorrermos sobre esse tema, é preciso esclarecer que  a gratidão só se manifesta por causa de outros sentimentos como amor, generosidade, amizade, solidariedade, entre outros, que fortalecem nossos vínculos interpessoais e têm o poder de produzir múltiplos benefícios individuais, coletivos e ambientais, favorecendo a manutenção da nossa saúde física e mental. 

Desse modo, inúmeras pesquisas científicas comprovam que pessoas gratas têm mais disposição para realizar exercícios físicos e cuidar melhor da saúde, realizando check-ups ou buscando ajuda para curar suas enfermidades. A gratidão também aumenta a probabilidade de acordarmos com mais vigor e energia, uma vez que, por ativar a região cerebral do hipotálamo, promove um sono diário mais profundo e mais saudável. Além disso, fortalece o sistema imunológico pois, pelo fato de nos ajudar a buscar alternativas para conquistar o bem-estar, pode até mesmo evitar a evolução de inflamações e/ou doenças crônicas.

Fonte: Minha Vida

No entanto, muito provavelmente, o maior benefício da gratidão está relacionado à saúde mental pois ela tem a capacidade de influenciar o cérebro a identificar boas experiências e, neste sentido, a neurociência aponta que as pessoas que expressam gratidão ativam no sistema cerebral, as sensações de prazer, de bem-estar e de alegria, liberando a dopamina, hormônio que melhora a motivação e a disposição, neutralizando sentimentos negativos como a angústia e tristeza. Segundo o Eu sem Fronteiras, entre os benefícios que a gratidão traz para a saúde mental, temos:

1. Acalma a mente, levando à reflexão e oferecendo a oportunidade de reconhecer as coisas boas da vida.

2. Estimula o autoconhecimento e promove a reflexão sobre crenças, valores e capacidades.

3. Permite valorizar as coisas que já se tem, em vez de pensar sobre aquelas que podem criar expectativas infundadas e frustrações.

4. Melhora o humor, afastando pensamentos negativos, incertezas e inseguranças.

5. Desperta a consciência para os momentos de felicidade e para sentimentos nobres, como bondade, generosidade, compaixão, gentileza, perdão e amor ao próximo. Além disso, apoia o desenvolvimento da espiritualidade.

6. Aumenta a resiliência diante das adversidades e a capacidade para lidar com desafios. Favorece focar nas boas oportunidades e na possibilidade de aprender e evoluir.

7. Ajuda a lidar com a ansiedade e com a depressão, favorecendo sentimentos de felicidade, esperança e superação.

8. Eleva o amor-próprio e a capacidade de enxergar conquistas, sem, contudo, fomentar narcisismo, assim como auxilia a superar traumas.

9. Favorece ressignificar uma decepção e transformá-la em amadurecimento, ajudando a se libertar de sentimentos tóxicos.

10. É energizante e leva a enxergar as dádivas e as possibilidades de ir além, assim como de reconhecer tudo com bondade e respeito, sejam pessoas ou sentimentos dos quais é necessário se desapegar.

Fonte: Vittude

Outrossim, por estar relacionada à reciprocidade e à empatia, a gratidão melhora a sociabilidade pois, enquanto sentimento nobre de reconhecimento por algo que alguém faz de bom ao outro, também diz respeito à percepção geral de dádivas e oportunidades, inclusive relacionadas à natureza, como acordar e observar com alegria o dia ensolarado. Independente da forma como a gratidão é percebida, ela desperta gentileza, generosidade, respeito e acolhimento às diferenças individuais, uma vez que a manifestação da gratidão diz respeito a sentimentos e valores humanitários que extrapolam paradigmas sociais.

Fonte: Pixabay

Ser grato também melhora a autoestima, visto promover a autoconfiança e a crença nas possibilidades de sucesso e na própria capacidade para atingi-lo. Permite feedback positivo, pois uma pessoa pode não ter a percepção do quanto foi importante na vida da outra, até receber a gratidão dessa pessoa. A gratidão estimula uma atitude otimista diante da vida, ajudando a romper crenças limitantes, possibilitando reflexão e ressignificação, a partir de uma visão mais positiva e libertadora, fortalecendo a ideia do aprendizado e do amadurecimento.

Demonstrar gratidão também nos leva a conectar com a espiritualidade, fazendo com que a vida seja mais leve, alegre e fluida, pois ao produzirmos uma atitude positiva que mude o padrão vibracional, elevamos a confiança, emergindo valores e crenças como o equilíbrio à paz e ao bem-estar. Desta maneira, sermos gratos significa abraçar, aceitar, acolher as experiências e aprender com elas, abrindo o coração para percebermos as riquezas que gentilmente chegam para todos nós!!!

Neste contexto, como a gratidão não nasce com a pessoa e só pode ser adquirida a partir da infância, as crianças precisam ser orientadas a agradecer não somente pelas coisas que ganham mas, principalmente, pelos gestos que recebem. E, ao realizarem algo positivo, também devem ser reconhecidas, de modo a desfrutarem da sensação de bem-estar e de encorajamento que a gratidão produz. Elas ainda podem e devem ser estimuladas a demonstrar a gratidão por meio de gestos como sorrisos, beijos e abraços, sendo incentivadas a desenvolver esse hábito, de modo a compreenderem que esse é um comportamento gratuito  pelo qual não se deve esperar algo em troca.

Fonte: Guia Infantil

Contudo, mesmo cientes dos vários benefícios que a gratidão pode nos trazer e da importância de dar bons exemplos às crianças, a gratidão não é algo tão rotineiro e abrangente quanto se deseja. Muitas pessoas não tem o hábito de expressá-la e, quando o fazem, normalmente acreditam que um simples “obrigado” é suficiente para fazer essa demonstração. Porém, ela representa muito mais do que isso e deveria ser uma atitude permanente.

Assim, é comum que no dia a dia, até mesmo por uma questão de despreparo, a maior parte das pessoas acabem dando muito mais atenção às coisas ruins do que às boas. Com isso, a tendência é reclamar muito mais do que agradecer. Dessa forma, para criarmos uma atitude de agradecimento, é importante fazermos um balanço das nossas “contas” de gratidão, analisando se existe alguma circunstância, pessoa ou situação pela qual nunca agradecemos, pois só pelo fato de fazermos essa reflexão, estaremos emanando energia de gratidão e de vibrações positivas para os envolvidos. 

Essa atitude de colocar a “mão na consciência” nos leva a exercitar diariamente a gratidão com nossos pais, irmãos, parentes e amigos, abrangendo todas as nossas relações. Tem alguém da sua família, amigo, colega de trabalho ou da escola que te apoiou e você não expressou gratidão? Ao Incorporarmos o ato de agradecer, fazendo dela um hábito, somos capazes de descobrir que o mundo é bem melhor e mais leve quando aprendemos a vê-lo através dos olhos da gratidão. Expressar esse sentimento por meio de  pequenas atitudes, não deixa de ser uma prática terapêutica, funcionando como um remédio de efeito imediato para tornar qualquer relação mais agradável.

Ações aleatórias de bondade como faz a Paty, minha filha, que adora fazer bolo e distribuir para os vizinhos, dar flores, livros ou qualquer outro mimo, mesmo que não seja uma data especial, são representações simbólicas de afeto e reconhecimento, capazes de proporcionar uma enorme e agradável sensação de paz e alegria entre as pessoas. Mesmo que a vida seja corrida, é importante priorizarmos, de vez em quando, um tempo para entrarmos em contato com a pessoa querida, perguntando como ela está ou como foi seu dia, ainda que não pessoalmente. Ligar ou escrever uma mensagem de gratidão para alguém que tenha feito algo bom, mostra que demonstramos interesse e isso contribui para manter a relação saudável com as pessoas que são realmente importantes na nossa vida.

Fonte: Português

Estas atitudes tão simples podem trazer melhoras incríveis, tanto para as relações interpessoais como para a forma como lidamos com nossos próprios sentimentos. Então, que tal abraçarmos a prática da gratidão cada vez mais nas nossas vidas, seja nas relações familiares, profissionais ou sociais? Afinal, quem demonstra gratidão revela grandeza, maturidade e sabedoria! E o mais importante de tudo é que praticar a gratidão faz bem à nossa alma e ao nosso coração. Traz uma imensa paz interior e funciona como um imã que atrai energias positivas para nós mesmos. Nada mau, não é mesmo?

“A gratidão não é o simples ato de dizer “obrigada”, é algo muito maior! Gratidão é entender que temos uma conexão profunda com o universo, e tudo que espalhamos, ele nos devolve em forma de gratidão. Se somos gratos à ele, ele também é, e nos retribui com energias e pessoas incríveis em nossos caminhos!” (Surama Jurdi)

~ Bia ~

Paz aqui na Terra!!!

Fonte: 10Wallpaper

Não sem motivo, no primeiro dia do ano também comemoramos o Dia da Confraternização Universal e o Dia Mundial da Paz. Afinal, nada é mais prazeroso do que começarmos o ano numa convivência pacífica, não é mesmo?

Mas… como descrever a paz? 

Segundo a Infopédia, paz pode ser definida como:

1. Ausência de guerra

2. Fim de uma situação de conflito armado; armistício

3. Relação de concórdia ou harmonia entre pessoas ou grupos

4. Tranquilidade; serenidade

5. Ausência de ruído ou agitação em certo lugar ou momento

Assim, à primeira vista, paz é aquele sentimento profundo que invade a nossa alma quando estamos de bem conosco mesmo e com todas as pessoas, de modo a nos proporcionar uma agradável sensação de bem-estar-bem.

No entanto, é preciso reiterar que a paz está inserida num conceito muito mais amplo e polissêmico (palavra que tem dois ou mais significados) e, no caso do Dia Mundial da Paz, não celebramos apenas a busca pela paz relacionada à tranquilidade e ausência de conflitos, mas principalmente à paz que minimize a realidade de muitas pessoas que sofrem com as desigualdades, a violência, a fome e a miséria. 

Desse modo, a paz também representa uma transformação social que incite à inclusão universal das pessoas. Todavia, temos que convir que a luta pela paz no mundo atual ainda é irrisória, pois além dos vários conflitos étnicos, territoriais e de outras ordens pelo mundo, como a guerra entre a Russia e a Ucrânia e os frequentes confrontos entre judeus e palestinos no Oriente Médio, existe também a necessidade urgente de se combater a miséria, as epidemias e a fome em vários cantos do planeta. Para se ter uma ideia, segundo dados do Banco Mundial, 3,4 bilhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. Dá para acreditar?

Em razão desta triste realidade, é óbvio que para promovermos a paz, seja necessário algo muito mais promissor do que uma simples data comemorativa. Neste sentido, o Papa Paulo VI (1897-1978), ao proclamar em 1967 uma mensagem, no qual foi instituído o 1º dia do ano como sendo a data oficial para celebrarmos a paz mundial, não desejou que a comemoração se restringisse apenas aos católicos, uma vez que para ele, a verdadeira celebração da paz só estaria completa se envolvesse todos os homens, não importando a religião. Na ocasião, ele expressou o anseio de que esta iniciativa ganhasse adesão ao redor do mundo e fosse celebrado pelos “verdadeiros amigos da Paz”, independente de credo, etnia, posição social ou econômica.

Contudo, por ser uma data religiosa vinculada à Igreja Católica, o Vaticano realiza anualmente uma cerimônia oficial, propondo um tema para o Dia Mundial da Paz, escolhido pelo próprio Papa, a fim de tocar o coração das pessoas, tornando-as mais humanas e interessadas no bem comum, na paz entre os homens. Até hoje foram abordados 56 temas, expostos nos discursos dos papas durante a ceia de Natal, sendo que as questões levantadas abordam assuntos relacionados à solidariedade, conflitos mundiais, pobreza, infância e adolescência, educação, direitos humanos, perdão, entre outros.

Fonte: Paróquia de São Francisco Xavier

Deste modo, a mensagem para a celebração deste ano tem como tema ‘Ninguém pode salvar-se sozinho. Juntos, recomecemos a partir da Covid-19 para traçar sendas de paz’, estabelecendo uma ligação entre a pandemia e a guerra na Ucrânia. Na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco elogia os esforços, por vezes heróicos, que permitiram enfrentar a pandemia, mas sublinha que “o vírus da guerra é mais difícil de derrotar”. Convida o mundo a “mudar o coração” no pós-pandemia, destacando que o impacto causado pela Covid-19 tenha que reforçar o “sentido comunitário” e de fraternidade, na humanidade.

Ele também nos leva à reflexão com a seguinte pergunta: – O que, de fato, aprendemos com esta situação de pandemia?

A mensagem papal, adaptada pela Agência Ecclesia, considera que a confiança posta no progresso, na tecnologia e nos efeitos da globalização gerou uma “intoxicação individualista e idólatra”. Papa Francisco sustenta que “não podemos ter em vista apenas a nossa própria proteção, mas é hora de nos comprometermos em prol da cura de nossa sociedade e do nosso planeta, criando as bases para um mundo mais justo e pacífico, seriamente empenhado na busca de um bem que seja verdadeiramente comum”.

Referindo-se à atual situação na Ucrânia, o Papa ressalta que “esta guerra, juntamente com todos os outros conflitos espalhados pelo mundo, representa uma derrota, não só para as partes diretamente envolvidas, mas também para a humanidade”. E, numa reflexão dedicada ao mundo pós-pandemia, lamenta que o mundo enfrente agora “uma nova e terrível desgraça”, indicando que “assistimos ao aparecimento de outro flagelo – uma nova guerra – comparável em parte à Covid-19, mas pilotado por opções humanas culpáveis”.

Assim, ele destaca que a guerra na Ucrânia “ceifa vítimas inocentes e espalha a incerteza, não só para os que são diretamente afetados por ela, mas de forma generalizada e indiscriminada para todos, mesmo para aqueles que, a milhares de quilómetros de distância, estão sentindo os seus efeitos colaterais“. Indica que precisamos “desenvolver, por meio de políticas adequadas, o acolhimento e a integração, especialmente em favor dos migrantes e daqueles que vivem como descartados nas nossas sociedades”, defendendo que “só a paz que nasce do amor fraterno e desinteressado pode ajudar a “superar as crises pessoais, sociais e mundiais”.

Posto isso, o Papa Francisco anseia para que todos nós possamos “caminhar juntos, valorizando tudo o que a história possa ensinar”. Ao encerrar a mensagem, ele formula votos para que todos os homens e mulheres de boa vontade possam, como artesãos de paz, construir, dia após dia, um ano feliz!!!

Neste sentido, Dom Julio Endi Akamine, Arcebispo da Arquidiocese de Sorocaba, expressa que “fomos criados para a paz e não para a guerra e mais do que um projeto desejado pelas pessoas, a paz é primeiramente um atributo do próprio Deus, de forma que optar por práticas e por políticas que evitem o conflito significa ser coerente com a própria natureza humana”.

Ele enfatiza que a paz só é possível através da reconciliação e mesmo não sendo fácil perdoar, principalmente quando temos que enfrentar as feridas da guerra, da criminalidade e dos conflitos, sem a reconciliação com o passado, sem atingir a justa reparação – nunca a vingança, mesmo que controlada –, sem o perdão reciprocamente oferecido e recebido, a cultura da paz não lança raízes nos tratados, na sociedade e nos corações. A paz, como ele a define, “é um bem indivisível e só pode ser imposta com a própria paz”.

Por tudo isso, ao orarmos pela paz, qualquer que seja a crença, Dom Júlio Akamine esclarece que só “estaremos abrindo o nosso coração para a relação com Deus e para o encontro com o próximo sob o signo do respeito, da confiança, da compreensão, da estima e do amor. A oração infunde coragem e dá apoio a todos os verdadeiros amigos da paz”.

Após essas explanacões, nada melhor do que encerrar este post, ouvindo uma bela canção de Roberto Carlos sobre a essência da Paz aqui na Terra!!!

Paz na Terra – Roberto Carlos

Paz aqui na Terra às crianças, aos homens e mulheres de bom coração!!!

~ Bia e Dani ~