Livros, livros e mais livros

Dia 29 de outubro é o Dia Nacional do Livro e vou aproveitar a data para falar sobre a minha intrínseca relação com os livros.

Assim como Jesus nasceu numa manjedoura, eu literalmente nasci (em casa) numa biblioteca. Meus pais eram professores e o que mais tinha na minha casa eram livros, livros e mais livros. Assim como comentei que minha tia Zélia é apaixonada por flores, os livros eram a “vida” de meu pai e seu enorme prazer era “investir” suas economias em verdadeiras obras do saber. Mas que tipos de livros? 

De tudo, um pouco! Como era professor de matemática, acho que tinha todos os livros de matemática que eram vendidos na livraria. Para se ter uma ideia, em casa também tinha várias enciclopédias, tais como Barsa, Mérito, Delta Larousse, Conhecer, Medicina e Saúde, Trópico, Os bichos evoluem e outras que não me vem à memória neste momento. Desse modo, quando tínhamos que fazer trabalhos escolares, não era necessário irmos (eu, meus irmãos e posteriormente minhas filhas), à biblioteca escolar ou municipal para fazermos as nossas pesquisas. Tinha também obras completas de vários escritores de literatura brasileira e quando as professoras de português nos orientavam para lermos um livro sobre determinado escritor, “tava” lá na prateleira pronto para ser consumido. 

Além desses livros, como minha mãe era professora de geografia, tinha um “monte” de mapas e livros dessa matéria e afins como, livros de história e educação moral e cívica (nem existe mais essa disciplina). Isso sem contar os livros voltados para crianças como a coleção Mundo Infantil, as obras completas de Monteiro Lobato, uma coletânea de livros sobre as lendas e o folclore brasileiro, livros de artesanato como a coleção Mãos de Ouro, livros de culinária, dicionários de vários idiomas e diversos outros livros.

Para que a gente não se sentisse perdido no meio de tanta “cultura”, estavam organizados nas estantes que meu pai pediu para o marceneiro fazer nas paredes do seu cantinho da sabedoria. Assim, cresci me sentindo “Tio Patinhas”, só que ao invés de mergulhar nas moedas de seu caixa forte, eu mergulhava na imensidão de letrinhas de livros e mais livros. E o que foi que aconteceu? Acabei me tornando bibliófila e os livros passaram a ser meus inseparáveis companheiros.

TioPatinhas

Oh! que saudades que tenho, da aurora de minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais” como expressava Casimiro de Abreu, não tínhamos na nossa infância tantos brinquedos e jogos eletrônicos como temos hoje e a nossa maior alegria era brincar ao ar livre de pega pega, esconde esconde, amarelinha, queimada, cabo de guerra e até mesmo de soltar pipas, sendo que, com exceção do Natal onde minha mãe nos provia com roupas e sapatos novos, os “presentes” que sempre ganhamos de meu pai eram “gibis”, que ele fazia questão de comprar semanalmente na banca de jornais que tinha na esquina de casa. 

Tenho certeza que foi a estratégia que ele usou para incentivar o nosso gosto pela leitura. As revistas em quadrinhos foram, sem sombra de dúvida, a porta de entrada para aguçar a minha curiosidade acerca dos livros que ‘’enfeitavam” as estantes lá de casa. À medida que fui crescendo, a leitura tornou-se um hábito e acabei pegando a mania de meu pai, “torrando” a mesada com livros e “engordando” cada vez mais as prateleiras, já sobrecarregadas de tanto peso.

Até a conclusão do Colegial (Ensino Médio), selecionei minhas leituras para que me levasse, ao prestar o vestibular, à aprovação do curso superior que eu pretendia fazer. Assim, aproveitei esse período para ler os livros dos principais autores da literatura brasileira da era nacional, começando pelos livros do Romantismo e perpassando pelos livros do Realismo até os do Pós-modernismo.

Somente após ingressar no curso superior, me dei ao luxo de “degustar” livros clássicos de escritores estrangeiros como Grandes Esperanças e Oliver Twist (Charles Dickens), O Velho e o Mar (Ernest Hemingway), Dom Quixote de La Mancha (Miguel de Cervantes), Os Irmãos Karamazov (Fiódor Dostoiévski), Os Três Mosqueteiros e o Conde de Monte Cristo (Alexandre Dumas), Orgulho e Preconceito (Jane Austen), O Corcunda de Notre Dame (Victor Hugo), Madame Bovary (Gustave Flaubert), O Morro dos Ventos Uivantes (Emily Brontë), Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley), O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry) e tantos outros, até mesmo mais modernos que, após suas valiosas publicações, alguns se tornaram campeões de bilheteria de todos os tempos.

Com o advento da internet, estamos no auge dos livros digitais, mas como eu adoro uma boa história, passando horas e horas lendo um livro, faço parte do time que ainda dá preferência pelos livros físicos, pois consigo me concentrar melhor e meus olhos, ah… eles agradecem! No entanto, tenho que “dar mão à palmatória”, pois os livros digitais têm as suas enormes vantagens: não ocupam espaço, são sustentáveis, são mais baratos e, principalmente, possibilitam a leitura em qualquer hora e em qualquer lugar. À vista disso, venho aderindo ao Kindle e “viajando” cada vez mais no mundo da cultura através desse dispositivo eletrônico.

Encerro este artigo fazendo uma reflexão sobre a paixão do meu pai por livros. Como eu disse no início deste post, ele era professor de matemática, mais especificamente de matemática financeira e o mais recomendável (talvez) seria que, ao invés de “gastar” tanto dinheiro com livros, tivesse investido seu “suado” dinheirinho em algumas aplicações financeiras que desse um “up” nas suas economias por conta dos juros compostos, que ele notoriamente ensinava para seus alunos universitários e que vem sendo muito exposto pelos “gurus” das finanças, nas redes sociais, de como se tornar milionário. No entanto, meu pai, na qualidade de educador, tinha plena convicção de que o maior legado que se poderia deixar não só para nós, seus filhos, mas para a humanidade era a educação. Esse foi o principal motivo pelo qual fez questão de investir em livros e mais livros, pois certamente compartilhava o mesmo pensamento de José Saramago: “Não existe vida sem livros.”

E… como dizia Walt Disney: “Há mais tesouros nos livros do que em todos os saques dos piratas na Ilha do Tesouro. Quem sabe até mais do que na caixa forte do Tio Patinhas, não é mesmo?

~ Bia ~

Dia do Saci ou Dia das Bruxas?

Fonte: Toda Matéria

Como comentei no post anterior, o Dia do Saci surgiu como uma alternativa ao Halloween, uma celebração baseada na cultura norte-americana que nada tem a ver com a cultura brasileira. 

Com o objetivo de resgatar, valorizar e conscientizar a população sobre a variedade cultural do folclore nacional, a Comissão de Educação e Cultura oficializou o Projeto de Lei Federal nº 2.479, de 2013, que institui o dia 31 de Outubro como sendo o Dia do Saci.

Assim, a comemoração passou a ser realizada no mesmo dia do Halloween e isso não é coincidência. Ao perceber que o Halloween no Brasil estava atraindo cada vez mais jovens e crianças, a criação do Dia do Saci no mesmo dia foi uma forma de oportunizar aos brasileiros a possibilidade de festejar as manifestações da própria cultura. Dessa forma, em contraposição a esse evento tradicionalmente americano que se espalhou mundo afora, o Dia do Saci acontece no dia 31 de outubro para celebrarmos a rica cultura brasileira.

Posto isso, a data homenageia o Saci Pererê e muitas instituições educacionais do país propõem atividades relacionadas a essa emblemática figura folclórica, visto que muitos não conhecem as lendas que envolvem o imaginário do nosso país. E você? Conhece a lenda do Saci Pererê? Se já conhece, que tal relembrarmos juntos a história desse intrigante ser mítico que habita as florestas e é conhecido por suas travessuras? 

Segundo alguns estudos, a lenda do Saci-Pererê surgiu na região Sul do Brasil. Lá havia histórias populares que narravam as travessuras de um pequeno índio de rabo, que assustava os animais e destruía plantações. A princípio, ele era conhecido no idioma tupi guarani como “çaa cy perereg”, mas a repercussão foi tão grande que se espalhou por todo o território brasileiro, incorporando elementos de lendas regionais que apresentam seres com características brasileiras.

Desse modo, quando a lenda chegou no Norte e no Nordeste do país, as características do personagem mudaram. Passou a ser negro, de pequena estatura e a fumar um cachimbo (por influência da cultura indígena e africana na região), tendo apenas uma perna e saltitando velozmente para se locomover. Porém, não podemos deixar de destacar que sua principal característica é, sem dúvida alguma, a carapuça vermelha.

De acordo com a lenda, o Saci-Pererê é um menino muito astuto e ágil que adora fazer travessuras tais como entrançar as crinas dos cavalos, desaparecer com objetos, assustar os animais, assobiar a noite para anunciar a sua presença, apagar lamparinas, trocar os recipientes de sal pelos de açúcar nas cozinhas, causar redemoinhos para levar sujeira às casas, dentre outras traquinagens. Há quem diga que o Saci é do mal, assim como tem muita gente que acredita que ele seja do bem. Nesse sentido, o historiador e antropólogo Câmara Cascudo (1898-1986) apresenta o Saci Pererê como uma “entidade maléfica em muitas, graciosa e zombeteira noutras oportunidades”. 

Achei super interessante ver a lenda do Saci Pererê em Libras. Se você também quiser ver, é só clicar no vídeo abaixo, ok?

Embora a cultura brasileira seja rica em contos com muita magia e fantasia, está cada vez mais forte o mês de outubro ser lembrado pelo Dia das Bruxas, cujo crescimento evidencia-se principalmente nos centros urbanos brasileiros. Diante desse impasse frente a essas duas comemorações, de acordo com a BBC News, não há um consenso de posicionamento entre os “saciólogos” pois o jornalista e geógrafo Mouzar Benedito, um dos criadores da Sociedade de Observadores de Saci (Sosaci), instituição fundada em 2003 para não deixar morrer a cultura do personagem, alega que “o Halloween foi imposto como uma coisa ideológica de propaganda, como marca do domínio da cultura dos Estados Unidos sobre nós” e prega que “arteiro que só ele, o saci quer dar um jeito de se apropriar das abóboras do Halloween. E, como propagam os “saciólogos” Brasil afora, devorá-las feito escondidinho de carne-seca, numa receita nacional”. 

Por outro lado, o fundador da Associação Nacional dos Criadores de Saci (ANCS), o tecnólogo José Oswaldo Guimarães diz não querer acabar com o Halloween e que “a ideia é reforçar a cultura do saci e não diminuir outras culturas”, sendo que o Dia do Saci não deveria ser na mesma data que o Dia das Bruxas pois na sua versão à BBC News, “justificar uma data matando outra é inócuo e acaba realçando ainda mais o Halloween.”

A jornalista, poeta e gestora de projetos educativos e culturais Tatiana Fraga, uma das curadoras da exposição #OcupaSacy compartilha da mesma opinião, argumentando à reportagem que não luta contra o Halloween pois ele chegou ao Brasil da mesma maneira como muito da cultura americana chega ao país, alegando ter um movimento antropofágico em relação à essa questão. Ela sugere comemorar o Halloween e também o Saci, pois toda brincadeira fantasiosa é muito legal e os “mitos podem conviver” pacificamente. Prossegue, inclusive, afirmando que faz mais sentido para nós a brincadeira do saci por ter uma verdadeira relação com o folclore do nosso país e que se depender “do saci, por ser uma figura anti-imperialista, vai mesmo comer a abóbora”.

Na visão do professor Pereira, especialista em Cultura Brasileira do Mackenzie, os grupos que se esforçam para resgatar figuras do folclore fazem um trabalho “fundamental e imprescindível”. Ele também deu o seu parecer à BBC News de que não acha que festas como o Dia das Bruxas precisam ser combatidas, declarando não ser refratário à introdução de outros elementos em nossa cultura e que o Brasil sempre foi uma “mistureba” mas que a sua preocupação se resume no fato de que “um elemento puramente comercial supere manifestações folclóricas, nascidas do imaginário popular e de tradições”, ressaltando que “pais e professores têm um papel fundamental na preservação de nossos valores culturais e de nossas tradições. Não que o novo seja proibido, mas não podemos esquecer o antigo”.

Após todas essas divergências, chegamos à conclusão que comemorar o Dia do Saci é realmente enaltecer os costumes de nosso país e mesmo diante de tantas controvérsias, ficou perceptível a importância de se legitimar essa lendária figura que é um dos ícones do nosso inestimável folclore brasileiro. Mas… nem por isso precisamos “queimar” as bruxas na fogueira, não é mesmo? 

Eu, particularmente, aprecio a decoração do Halloween e a minha casa fica toda enfeitada no mês de outubro com adereços alusivos à essa festividade. Como também valorizo a rica cultura de nosso país, acho propício destacar a figura do Saci Pererê no dia 22 de agosto, ocasião em que celebramos oficialmente o Dia do Folclore Brasileiro. No entanto, como gosto é gosto e todos nós temos o direito ao livre arbítrio, uma vez que o saci tem o dia especialmente dedicado a ele, quem não gosta de bruxas, tem a opção de fazer as travessuras com o menino serelepe de uma perna só, não é mesmo? Neste frágil momento em que vivenciamos conflitos armados, que os sacis não tenham que se confrontar com as bruxas pois, mais do que nunca, precisamos celebrar a união e nutrir a paz no coração de toda a humanidade, vocês não concordam?

~ Bia ~

Socorro… A bruxa está solta!!!

Fonte: Freepik

O Dia das Bruxas, ou Halloween, está chegando… É comemorado no dia 31 de outubro, principalmente nos Estados Unidos e também em diversos outros países, inclusive no Brasil. Crianças e adolescentes saírem fantasiados de porta em porta pedindo doces, ou espalhando pela casa enfeites e adereços assustadores como abóboras esculpidas e iluminadas, ou ainda participando de festas à fantasia, são hábitos cada vez mais populares. No entanto, sua origem não tem muito a ver com o significado moderno que essa festa foi adquirindo ao longo dos tempos.

O Halloween tem suas raízes no Reino Unido e seu nome deriva de “All Hallows Eve”. O termo “Hallow” é um termo antigo para “santo”, e “eve” é o mesmo que “véspera” porque designava a noite anterior ao Dia de Todos os Santos, celebrado no dia 1º de novembro, véspera de Finados no Brasil.

Pressupõe-se que as primeiras comemorações do Halloween teriam origem há mais de 2,5 mil anos com o povo celta (múltiplas tribos indo-europeias que se espalharam pela maior parte do Oeste da Europa a partir do II milênio a.C), por conta de um festival chamado “Samhain”, cuja festa durava 3 dias (com início no dia 31 de outubro), em agradecimento a abundância das colheitas e também porque era a véspera de um novo ano no calendário celta.

Eles acreditavam que nessa data os mortos e os espíritos malignos saíam de suas tumbas para atormentar os vivos. Para tentar se proteger dos “mortos-vivos”, os celtas acendiam fogueiras, utilizavam máscaras para não serem reconhecidos, decoravam as suas casas com objetos macabros, como ossos e caveiras, acreditando que com isso poderiam afugentar o “mau espírito”.

Porém, a relação entre essa data e as bruxas ocorreu na Idade Média quando havia a perseguição a homens e mulheres que eram considerados curandeiros. Os que fossem suspeitos dessa prática eram chamados de bruxos e como punição eram levados a julgamento e, consequentemente, à fogueira. Quando essa cultura foi levada aos Estados Unidos pelos emigrantes irlandeses, antigo povo celta, ficou conhecida como “Dia das Bruxas”.

Hoje, o que prevalece em relação ao Dia das Bruxas é a referência aos mortos, mas com características bem mais distintas. Desse modo, os símbolos usados nesta festividade são sempre assustadores: bruxas, vampiros, morcegos, aranhas, fantasmas, caveiras, gatos pretos, zumbis e as cores laranja, preto e roxo se destacam como símbolos alusivos à comemoração.

Uma lenda sobre um ferreiro chamado Jack que conseguiu ser mais esperto que o diabo e vagava como um morto-vivo, deu origem às luminárias feitas com abóboras que se tornaram a “marca registrada” do Halloween americano. A tradição moderna de sair às ruas da vizinhança perguntando de porta em porta “Trick or Treat?” (Gostosura ou travessura?) também é americana e se as crianças não ganham doces nesse dia, têm permissão para fazer travessuras na casa dos vizinhos, como se fossem “anjinhos do mal”. Assim, jogar papel higiênico nas árvores costuma ser a “traquinagem” mais comum durante essa comemoração.

Esse é o maior feriado não cristão dos Estados Unidos, sendo que nesse dia há festas temáticas para adultos e crianças e além das fantasias, as pessoas costumam se maquiar, no intuito de ficarem com o aspecto mais assustador possível. Atualmente esse evento tem diferentes finalidades, celebrando os mortos ou até mesmo a época de colheita e o fim do verão, e também o início do outono no hemisfério norte. O Halloween abre uma brecha para que adultos brinquem com seus medos e fantasias, permitindo subverter normas sociais como evitar contato com estranhos ou explorar o lado sombrio do comportamento humano. Talvez seja esse o principal motivo de sua crescente popularidade por todo o planeta.

Fonte: Brasil Escola

No Brasil esta comemoração é mais recente e acontece devido à grande influência americana presente em filmes e séries de TV e por meio dos cursos de inglês, que exercem significativa importância desse festival no país, no sentido de propagar a vivência da cultura estrangeira pelos alunos. Entretanto, há uma certa resistência em algumas regiões brasileiras sobre a comemoração desta data pois algumas pessoas argumentam que o nosso país tem uma cultura popular muito rica que precisa ser valorizada e que não devemos ignorar a nossa própria história e identidade. Em função dessa polêmica, também se comemora na mesma data o Dia do Saci, um menino travesso de uma perna só, fruto de um projeto de lei que busca resgatar figuras do folclore brasileiro em contraposição à cultura americanizada do Dia das Bruxas.

Em razão desse impasse, no próximo post vou falar sobre a controvérsia entre o Dia das Bruxas e a emblemática figura do folclore brasileiro, o Saci Pererê. Aguardem!!!

~ Bia –

Dia Mundial da Alimentação – “Não deixe ninguém para trás”

Fonte: FAO

O Dia Mundial da Alimentação é comemorado no dia 16 de outubro e foi criado com o objetivo de desenvolver uma reflexão a respeito do atual cenário da alimentação mundial e sobre a fome no planeta. A data marca a fundação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 1945, mas a cerimônia oficial só foi estabelecida em novembro de 1979 pelos países membros na 20ª Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

Esta celebração, que ocorre em cerca de 150 países, traz temas que nos levam a refletir sobre a população carente, sua segurança alimentar e nutrição. A cada ano um tema é escolhido, sendo que diversas campanhas educativas, palestras e ações são realizadas ao redor do mundo com relação ao tema proposto. A primeira comemoração da data ocorreu no ano de 1981, quando o tema abordado foi “A comida vem primeiro”.

Neste ano, o tema é “Não deixar ninguém para trás”, estando ancorada em quatro pilares: melhor nutrição, melhor produção, melhor ambiente e melhor qualidade de vida. A partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Dia Mundial da Alimentação de 2022 traz o desafio da redução das desigualdades, incluindo a segurança alimentar e nutricional no mundo, sobretudo no período pós pandemia agravado pela guerra entre Ucrânia e Rússia.

De acordo com o site oficial da FAO, embora tenhamos progredido na construção de um mundo melhor, muitas pessoas foram deixadas para trás. Pessoas que não podem se beneficiar do desenvolvimento humano, inovação ou crescimento econômico. E se formos analisar, é aterrador que milhares e milhares de pessoas em todo mundo não tenham uma dieta saudável, conduzindo-as em alto risco de insegurança alimentar e desnutrição. No entanto, ironicamente, são produzidos alimentos suficientes para alimentar todos no planeta, de modo que acabar com a fome não é uma questão de oferta. Então, vem a pergunta: – Por que tanta fome no mundo?

O grande dilema é o acesso e a disponibilidade de alimentos nutritivos, cada vez mais agravados por diversos desafios globais, incluindo a pandemia de COVID-19, desigualdade, mudanças climáticas, conflitos, aumento de preços e tensões internacionais que estão afetando drasticamente a segurança alimentar de todos os povos deste planeta. Como resultado, o que nos permeia é a triste realidade de nos confrontarmos diariamente com milhares e milhares de pessoas sendo afetadas por esse efeito dominó de desafios que não conhecem fronteiras.

Segundo o relatório “O Estado de Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo” da Organização das Nações Unidas (ONU), o número global de pessoas afetadas pela fome subiu para 828 milhões em 2021, um aumento de 150 milhões desde 2019, sendo que cerca de 3,1 bilhões de pessoas não podem ter uma alimentação saudável.

Assim, diante dos dados acima mencionados, é importante lembrarmos que um dos objetivos globais para o desenvolvimento sustentável (ODS), é acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição e, não menos importante, promover a agricultura sustentável. Infelizmente, os números atuais demonstram que o mundo está se afastando cada vez mais desse objetivo pois muitas pessoas padecem sem ter o que comer. 

De acordo com o Diário do Comércio, a fome sempre foi um problema grave no Brasil, mas com a Covid-19, a situação piorou muito. São quase 117 milhões de pessoas nessa situação, sem acesso pleno e permanente a alimentos. Além deles, há ainda 19,1 milhões de brasileiros que efetivamente passam fome, em um quadro de insegurança alimentar grave. Antes da pandemia, havia 57 milhões de pessoas vivendo em insegurança alimentar no País, sem acesso pleno e permanente a alimentos. Os dados fazem parte do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, desenvolvido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN).

Se por um lado, não só o Brasil mas o mundo enfrenta o aumento da fome, vivemos ainda um alto desperdício de alimentos, sendo esta uma das contradições mais preocupantes da vida moderna. Relatórios da FAO apontam que anualmente 1,3 bilhão de toneladas de comida são desperdiçadas. E com um quarto desses números, é possível alimentar 842 milhões de pessoas em todo o mundo. 

Posto isso, acredito ser de bom senso aproveitar essa data para refletirmos sobre nossos hábitos alimentares, o desperdício e como podemos ajudar diante desse deplorável cenário. Assim, nada melhor do que começarmos com pequenas atitudes individuais que podem fazer uma enorme diferença e tornar o mundo bem mais justo. Vamos, então, ver algumas dicas de Gina Marini, gerente de segurança e saúde no trabalho do Serviço Social da Indústria (SESI) de como evitar o desperdício de alimentos em nossa casa:

  1. Planeje as refeições. O desperdício acontece quando se perde o alimento por guardá-lo de forma errada ou, ainda, quando se faz mais comida do que o necessário no dia a dia.
  2. Faça uma lista para ir ao supermercado conforme o cardápio ou o consumo habitual da família, considerando os alimentos que já estão disponíveis na despensa.
  3. Utilize o alimento de forma integral. Cascas, talos e folhas são ricos em nutrientes e podem ser utilizados em preparações como caldos, sopas e ensopados.
  4. Arrume a sua despensa, colocando na frente alimentos que estão com a validade mais próxima do vencimento para evitar perda.
  5. Congele as sobras de alimento. O arroz que sobrou hoje pode ser utilizado em uma refeição futura.

Evitando o desperdício estaremos participando de um mundo sustentável em que todos (governos, setor privado, sociedade civil e indivíduos) possam trabalhar juntos, em solidariedade, para priorizar o direito de todas as pessoas à alimentação, nutrição, paz e igualdade. Diante de crises globais, a FAO enfatiza que “soluções globais são necessárias mais do que nunca e que ao almejarmos melhor produção, melhor nutrição, um ambiente melhor e uma vida melhor, podemos transformar os sistemas agroalimentares e avançar progressivamente através da implementação de soluções sustentáveis ​​e holísticas que considerem o desenvolvimento a longo prazo, crescimento econômico inclusivo e maior resiliência.”

De fato, todos nós podemos trabalhar para um futuro inclusivo e sustentável, mostrando maior empatia e bondade em nossas ações em prol daqueles que sofrem com a fome, garantindo uma alimentação saudável para todos e não deixando ninguém para trás.  Está mais do que na hora de sermos a mudança e criarmos um futuro melhor e mais sustentável onde todos, em todos os lugares, tenham acesso regular a alimentos nutritivos . Afinal, o Dia Mundial da Alimentação (#World Food Day 2022) é o meu, o seu e o nosso dia e não queremos que ninguém seja deixado para trás, não é mesmo? Acredito ser uma boa reflexão para todos nós!!!

~ Bia ~

Dia do professor “especial”

O “Dia do Professor” é comemorado no Brasil em 15 de outubro, sendo que esta data faz referência ao Imperador Dom Pedro I, que no dia 15 de outubro de 1827 criou no país uma Lei Imperial sobre o Ensino Elementar no Brasil – conhecida como Escola de Primeiras Letras. No mesmo mês, no dia 5, é celebrado o “Dia Mundial do Professor”, sendo que esta data foi criada em 1994 pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), com o objetivo de ressaltar a importância e o papel fundamental dos professores na sociedade.

Para mim é uma data muito especial porque, especificamente neste dia, todos nós que já fomos (ou somos) alunos, temos a oportunidade de expressar nossa sincera gratidão por todos os mestres que um dia foram (ou são) os educadores de nossas vidas. Eu, particularmente, tive excelentes professores que foram essenciais à minha formação acadêmica e na construção da ética, de forma que a consolidação desta base de conhecimento possibilitou que eu adquirisse experiências de vida, além do âmbito intelectual. Meu eterno carinho para todos eles!

Mas… sendo hoje a data oficialmente criada para homenagear, com mérito, esses profissionais que dedicam suas vidas à transmissão do conhecimento e ao desenvolvimento da educação de todos os povos do mundo, vou homenagear especialmente os professores de crianças com necessidades educacionais especiais, cujas crianças demandam recursos e serviços educacionais diferenciados. Estou ciente de que o dia 22 de agosto é o dia do educador especial, mas quero me dirigir ao educador que, na qualidade de atuar profissionalmente como professor, tem a nobre missão de fazer a diferença na vida dessas crianças. 

Para começar, é preciso “tirar o chapéu” e dizer como é fantástico o “show” desses professores que tomam para si a responsabilidade de direcionar o processo pedagógico, desenvolvendo caminhos “especiais” para que esses alunos adquiram o conhecimento. Além de estarem constantemente auxiliando para que eles avancem tanto intelectual quanto socialmente, de forma que possam superar as expectativas e as barreiras que lhe são impostas, esses heróicos professores excluem a visão de incapacidade, compreendendo que os erros desses alunos podem ser considerados como um aspecto relevante para a aprendizagem e não como um fracasso. Desse modo, eles enxergam em cada criança o potencial que ela tem, promovendo constantemente atividades que valorizam o respeito às diferenças e às inteligências múltiplas.

Por conseguinte, mesmo com toda a disposição para se “doarem” nessa árdua missão, é comum vê-los enfrentando desafios como a falta de recursos materiais, infraestrutura insuficiente, superlotação das salas de aulas, entre outros. Ao longo do processo pedagógico, os professores também se deparam com diversas dificuldades e na intensa busca por soluções e estratégias para entender as necessidades de cada criança, estão sempre se especializando, pois sabem o quanto a qualificação profissional é importante para a efetiva inclusão delas na sociedade.

Acredito ser esse o real panorama que reflete o esforço e a dedicação da maioria dos professores de crianças com deficiência que, com muita mas muita paciência e uma dose infindável de amor, enfrentam “mundos e fundos” para oferecer uma educação adequada às diferenças e às necessidades de cada criança, criando novos caminhos e recursos para que todas possam conquistar um” lugar ao sol”. 

Esse envolvimento psicopedagógico, os desafios e as dificuldades enfrentadas pelos professores que acabei de descrever, baseiam-se fundamentalmente na minha convivência com os professores do Colégio Bilíngue para Surdos de Maringá (Anpacin) onde a Dani cursou do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. É impossível falar sobre a relevância de um único professor, pois todos, sem exceção, tiveram um papel marcante não só na vida da Dani, mas de todas as crianças surdas da escola.

Cada qual à sua maneira, mas com pensamento uníssono em abrir a mente das crianças surdas para que buscassem conhecimento, era impressionante ver a garra e a determinação com que esses professores se dedicavam à arte de ensinar, encorajando-os a conquistarem seus sonhos  através do saber. 

Assim, neste dia especialmente dedicado a todos os professores do Brasil, minha honrosa homenagem é para esses “amadores” de pessoas que, com presteza e comprometimento, mesmo deparando diariamente com situações tão complexas e adversas, olham seus alunos com os olhos da alma, conscientes de que ensinar é, sobretudo, um ato de AMOR!!! 

Com toda certeza causaram enorme impacto na vida dessas crianças, sendo que algumas se inspiraram nesses professores para também se tornarem professores. É o caso da Dani e de alguns amigos surdos que são, atualmente, professores de Libras. Por ironia do destino, agora esses adultos surdos têm a oportunidade de ensinar a sua língua natural, não só para crianças surdas mas para adultos ouvintes que têm interesse em aprender a língua de sinais. Estendo para vocês também a minha homenagem, pois motivados por esses professores, quebraram o estigma da incapacidade e foram em busca de uma jornada de aprendizado e crescimento pessoal.

E simmm… vocês merecem todos os aplausos do mundo pois a empatia, a coragem e o entusiasmo com que compartilham valores e promovem a autoestima de cada uma dessas crianças “especiais”, só podem vir do orgulho que sentem pela profissão. PARABÉNS!!!

Há quem diga que a Vida ensina, mas eu prefiro dizer que Deus coloca pessoas em nossas vidas, professores especiais, que tem como missão nos ensinar que a Vida pode ser melhor vivida se for com sabedoria, compaixão e respeito ao próximo e a nós mesmos. (Desconhecido)  

~ Bia ~

Ser criança “para a vida toda”

O Dia das Crianças no Brasil é comemorado no dia 12 de outubro, sendo que na maioria dos países do mundo, as celebrações são realizadas em 20 de novembro por conta da oficialização, em 1959, da Declaração Universal dos Direitos da Criança, em 1959. Entretanto, mais do que programações especiais e festividades, vou aproveitar a oportunidade para fazermos reflexões sobre a importância de ser criança.

A primeira palavra que provavelmente faz referência à infância é crescer. Crescer e aprender!!! Mas eu acho que a palavra que melhor contextualiza essa fase da vida é “viver”. Viver o momento presente, viver as descobertas, viver os conhecimentos e viver as experiências. 

Afinal, é uma fase marcada pelas “vivências”, ou seja, pelas aprendizagens. É nesta fase que a criança descobre o mundo na qual está inserida e aprende sobre regras de convívio social, cooperação, comunicação e até mesmo a resolver os conflitos. 

No entanto, muitos de nós, passamos a infância e a adolescência ansiosos por nos tornarmos adultos, acreditando que seríamos muito mais livres e felizes, mas isso nem sempre acontece, não é mesmo? A fase da infância, “vapt vupt” desaparece como num passe de mágica e daí é comum encontrarmos adultos dizendo que não viveram o seu tempo de criança. É o caso de Orson Welles, famoso ator norte americano ao declarar: “Lutei para escapar da infância o mais cedo possível. E assim que consegui, voltei correndo pra ela”. Por esse motivo, penso ser importante conscientizar a criança sobre a importância de ser criança, de viver o presente, mostrando-lhe que esta é a verdadeira chave para que seja o adulto que quer e merece ser!

Assim, nada melhor do que ensiná-la que a fase da infância tem o seu tempo e que a essência de uma vida feliz vem de sabermos aproveitar o momento presente da melhor forma possível. Nesta fase, ao saber brincar, ela poderá desenvolver inúmeras competências e habilidades, tais como a imaginação, atenção, raciocínio, criatividade e socialização, que irão estimular a maneira de ser e agir na fase adulta. 

Viver no mundo da fantasia é estimular a imaginação e a criatividade e deve ser vivida intensamente enquanto criança. A fantasia tem um papel importante no desenvolvimento emocional, permitindo que ela veja realidades diferentes  e o mundo com “outros olhos”. Além disso, a fantasia proporciona um contato maior entre a criança e seus sentimentos e emoções, melhorando as habilidades de comunicação. Conforme ela vai se sentindo mais confiante e segura, os problemas de comunicação tendem a diminuir e ela poderá se transformar em um adulto capaz de expressar seus pensamentos e solucionar os impasses com muito mais facilidade. 

Viver na infância é também ensiná-las a desenvolver a responsabilidade. A criança, embora pequena, precisa aprender a cuidar de seus pertences, a responder por seus atos e a cumprir obrigações – todas, é claro, de acordo com a idade que possuem. Criança só com direitos e sem deveres pode se tornar “criança mimada” e, ao longo dos anos, pode desenvolver uma crença de que realmente não têm obrigações. Ao se tornar adulto, terá mais problemas em lidar com os desafios e as frustrações da vida. 

Desse modo, saber viver tudo isso e muito mais na infância é a chave para que ela seja “criança feliz para a vida toda”. E essa criança que brincou quando precisou brincar, que fantasiou quando precisou fantasiar, aprendeu a cuidar de seus pertences e “vivenciou” tantas outras coisas legais para se “curtir” na infância, é a essência do adulto que será quando crescer.

Por isso, precisamos ensiná-la o valor de ser criança “para a vida toda”. E nada melhor do que saber qual é a nossa essência para que possamos, também, ser crianças “para a vida toda”, não é mesmo? Feliz Dia das Crianças para todos nós!!!

 “O segredo da genialidade é carregar o espírito da infância na maturidade.” (Thomas Huxley)

~ Bia ~

Dia da Natureza abençoado por São Francisco de Assis

Fonte: A12

O Dia da Natureza é comemorado no dia 04 de outubro, e foi criado com o intuito de conscientizar a população a respeito da importância da preservação do meio ambiente. Essa data foi escolhida em homenagem a São Francisco de Assis, um frade católico que ensinou a enxergar os animais como irmãos e a amar a natureza em todas as suas manifestações.

Onde quer que a gente viva, seja numa grande metrópole, no litoral ou no campo, a natureza é imprescindível para o nosso bem estar, pois é dela que retiramos os recursos necessários para a nossa sobrevivência, tais como a água, o alimento, a energia, o ar puro e até mesmo para os momentos de lazer, além dos benefícios psicológicos e espirituais que ela nos proporciona.

A natureza também garante o desenvolvimento econômico, fornecendo as matérias primas naturais, cuja exploração exagerada e irracional vem causando gravíssimos impactos ao meio ambiente como, por exemplo, a perda da biodiversidade por conta das queimadas, da poluição de rios, do solo e do ar, da caça predatória e dos desmatamentos.

Em razão desses impactos de alta escala causados pelo homem, pode parecer que nossas ações não são tão importantes, pois somos apenas uma pessoa ou uma comunidade entre tantos outros bilhões de pessoas neste mundo. Porém, a preservação da natureza exige apenas alguns cuidados básicos para que seja efetiva. Se cada um fizer a sua parte, por meio de pequenas ações, podemos ajudar a preservar o planeta e incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo.

Talvez seja, até mesmo, o conselho de São Francisco de Assis, pois certamente está estupefato ao ver como a Mãe Natureza vem sendo cada vez mais “mutilada” pela espécie humana. Ele tinha, há mais de setecentos anos atrás, uma verdadeira relação fraternal com tudo que via à sua volta, compreendendo desde aquela época a importância da preservação do meio ambiente. Preconizava que quando destruímos ou desrespeitamos a natureza, são ações contra a própria família, pois para ele o sol, a lua, as estrelas, a terra e todas as criaturas e elementos da natureza eram seus irmãos e suas irmãs.

Segundo São Francisco de Assis, todos nós dependemos dos rochedos, das montanhas, do mar, do vento, da água, dos vegetais, das flores porque Deus criou tudo isso para que a vida se tornasse possível. Ele amava as abelhas que fornecem o mel e todos os insetos, a ponto de afastá-los do caminho para não serem esmagados.

Referência espontânea de uma atitude ecológica que se confraterniza com todos os elementos do nosso planeta, São Francisco de Assis nos dá uma sábia lição de que não devemos nunca deixar de nos encantar com a beleza, harmonia e perfeição da natureza e que precisamos tratar os animais com respeito.

Diante desse preceito, as nossas atitudes, por menores que sejam, podem contribuir para um mundo melhor, mais harmônico, equilibrado e sustentável. É importante conhecer o lugar onde moramos e os principais problemas que causam o desequilíbrio ambiental, pois as nossas interferências no ecossistema colocam em risco a sustentabilidade e, consequentemente, comprometem as futuras gerações.

Desse modo, dentre algumas dicas que podemos seguir para promover a proteção ambiental, destacam-se:

– Sempre que possível, separar adequadamente o lixo reciclável, para que possa ser recolhido pela coleta seletiva. Caso a coleta não esteja disponível em sua cidade, é importante entregar aos catadores e cooperativas responsáveis pela reciclagem do material;

–  Evitar o consumo exagerado de energia, desligando os aparelhos eletrônicos quando não estiverem sendo utilizados;

–  Evitar tomar banhos demorados. Além de consumir muita energia, o gasto de água é de assustar;

– Procurar diminuir o consumo de carnes, uma vez que grandes criações de animais causam muitos impactos, além de utilizar uma grande quantidade de água para a produção;

–  Sempre que possível, reaproveitar a água da máquina de lavar roupas para lavar pisos e limpar calçadas. A água da chuva também pode ser utilizada para esse fim, além de ser benéfica para regar as plantas;

–  Comprar apenas o necessário e procurar adquirir produtos de empresas envolvidas em programas de responsabilidade socioambiental;

–  Evitar andar apenas de carro, uma vez que a queima de combustíveis fósseis está diretamente relacionada com o aumento da poluição atmosférica. Sempre que possível, andar a pé ou de bicicleta;

 –  Jamais comprar animais silvestres sem certificação do IBAMA;

–  Ficar atento com vazamentos e equipamentos que consomem muita energia.

Aplicando essas pequenas dicas, podemos alcançar grandes mudanças e pleitear um futuro no qual a natureza vai florescer cada vez mais forte.

Assim, ao seguirmos as pegadas (descalças) de São Francisco de Assis, podemos ter esperanças de que ainda há sinais do paraíso terrestre que não se perdeu completamente. Para tanto, precisamos ficar “antenados” acerca da preservação da natureza, procurando viver sem desperdício e sem o consumismo desvairado que agride o meio ambiente e procurando, acima de tudo, proteger e cuidar do nosso ecossistema. E isso depende de mim, depende de você e de todos nós!

“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.” (São Francisco de Assis)

~ Bia ~