Mãe de gêmeos especiais

Fonte: Metrópoles

Quando o primeiro ultrassom aponta a chegada de filhos gêmeos, certamente o universo familiar se inunda de alegria, sonhos e até mesmo, de medos. Afinal, criar um filho não é tarefa fácil, imagina o trabalho e tempo direcionados à criação e cuidados com dois ou mais bebês ao mesmo tempo? Será que tudo vem realmente em dobro? Embarcando na onda do dia mundial dos gêmeos, que é celebrado anualmente no dia 18 de março, não vou falar especificamente sobre irmãos gêmeos, mas de duas mães que tiveram filhas gêmeas e ambas, portadoras de necessidades especiais. 

Para começar, é preciso dizer que quando escrevi o post Meio litro de lágrimas, narrando como foi “impactante” descobrir que, além de uma deficiência, tivemos que “driblar” mais uma outra deficiência que apareceu na vida da Dani e que, apesar da nossa dor e do meu profundo sentimento de culpa, não poderíamos ficar chorando pelo “leite derramado”, pois existem pessoas que estão passando por situações muito mais complicadas, como o caso da Aya Kito que, diagnosticada com degeneração espinocerebelar aos 15 anos, teve que enfrentar a dura e cruel realidade de, em sã consciência, ver seu corpo sendo dizimado, até não conseguir mais comer, andar ou conversar, falecendo ao 25 anos, na ocasião acabei não comentando que também tem mães que, num misto de imensa alegria mas de muita preocupação, dão à luz não só a um, mas a dois ou até mais filhos especiais. Se, por natureza, sabemos que não é fácil criar um filho, se ele for especial, é fato que vai exigir mais cuidados. Dois filhos gêmeos especiais, então, é algo inimaginável para muita gente, não é mesmo?

Mas não é que tem gêmeos cegos, autistas, surdos, com Síndrome de Down e também com paralisia cerebral? Difícil acreditar mas tem!!! Estes dias atrás fiquei muito emocionada ao ler um artigo do blog Crianças Especiais que conta como Ayla Martins, mesmo com tantas dificuldades financeiras, mergulhou de “cabeça” num novo mundo cheio de dúvidas, medos e incertezas, ao descobrir que as suas filhas, gêmeas idênticas, Manuella e Gabriella, tinham paralisia cerebral e Síndrome de West, que é uma epilepsia de difícil controle. Apesar de aceitar e compreender que as meninas iriam precisar de infindáveis cuidados, carinho e do amor incondicional dos pais por toda a vida, muito mais do que qualquer outra criança dita “normal”, ela diz que o que mais “doeu” foi ter que lutar por acessibilidade e contra o preconceito, para dar o mínimo de dignidade possível para suas filhas.   

Porém, mesmo diante de tantas intempéries, Ayla conta que suas filhas fizeram com que ela e seu marido Tiago enxergassem a vida com outros olhos, acreditando nas coisas boas da vida e declarando, inclusive, que mesmo enfrentando tantos infortúnios, suas filhas são felizes. Apesar de não pronunciarem uma única palavra, elas conseguem transmitir coisas incríveis com seus expressivos olhos de “jabuticaba” e seus sorrisos abertos e cheios de inocência. Ela agradece a Deus todos os dias pela vida e saúde das filhas e por serem assim, exatamente como elas são, pois o que pode parecer supérfluo para algumas famílias em relação ao desenvolvimento dos filhos, para ela e seu marido, cada conquista é uma grande vitória. Lindo depoimento dessa mãe que, nadando contra a correnteza, está sempre de bem com a vida, “fazendo das tripas coração” para oferecer uma vida digna para suas princesinhas Manu e Gabi, vocês não acham?

Pois é! Mas agora vou falar de uma outra mãe que teve duas filhas gêmeas surdas e que, de certo modo, teve uma expressiva repercussão na minha vida. No post Resultado da Audiometria: seu filho é surdo (a) comentei que para nós, pais ouvintes que não têm a menor noção do que é ter um filho surdo, ao depararmos com o resultado da audiometria, diagnosticando que nosso filho tem algum grau de surdez, ficamos “sem chão” diante desta nova realidade que se apresenta à nossa frente. Na época em que ficamos sabendo que a Dani era surda, nós morávamos em São Paulo e eu me recordo claramente que quando fui passar as férias na casa dos meus pais, em Maringá, ainda no período de “luto”, como define a psicóloga Larissa Vendrusculo, enfatizando que a descoberta de uma deficiência traz uma ideia de morte não real, mas simbólica, ou seja, morte dos planos, sonhos e projetos que se tinha para a criança, meu pai, na tentativa de me confortar, contou-me que sua colega de trabalho havia dado à luz a trigêmeos, sendo um menino e duas meninas e que elas eram surdas. Saber que tinha uma mãe que estava numa situação duplamente “pior” que a minha, me deixou um pouquinho mais conformada mas, ainda assim, precisava de tempo para “digerir” uma nova situação na minha vida. 

Ao saber que em Maringá havia uma escola oralista (atualmente escola bilíngue) para crianças com deficiência auditiva, à procura por uma qualidade de ensino que fosse favorável à Dani, acabei voltando para a minha cidade natal e meu pai, sempre que surgia uma oportunidade, no intuito de me acalentar ou incentivar, gostava de me contar do empenho da sua colega Clélia em relação às suas duas filhas gêmeas surdas. À medida que o tempo foi passando, ao conviver com minhas filhas e observar como a Dani exigia atenção e cuidados especiais, meu pai passou a admirar ainda mais a Clélia que, assim como ele, também era professora de Matemática na Universidade Estadual de Maringá. Além de lecionar, ela tinha que dar conta, não só das duas crianças surdas, mas de outros 3 filhos pequenos, sendo um deles da mesma idade das meninas, pois como citei um pouco antes, eles eram trigêmeos. 

Não tenho muita noção de como meu pai atuou profissionalmente, pois ele era uma pessoa muito reservada e na sua discrição, não tinha o costume de falar sobre seus colegas de trabalho, abrindo uma única exceção para tecer elogios à mulher “guerreira” Clélia, que era a sua fonte inspiradora para me “elucidar” que tinha mães enfrentando “em dobro” as mesmas dificuldades que, porventura, eu tivesse que encarar. 

Dani com a Marília

Alguns anos depois, Dani conheceu a Marília e a Beatriz, as filhas gêmeas da professora Clélia. Participando, atualmente, da comunidade surda de Maringá, Dani e Marília são, por enquanto, as únicas “doutoras” surdas da cidade. Pai… talvez nem em sonho você pudesse imaginar que a sua neta Dani e a Marília dariam continuidade à tão nobre missão de ensinar que, tanto você como a professora Clélia, abraçaram incansavelmente durante décadas e mais décadas. E quem diria que um dia, lá no futuro, elas seriam amigas, hein, meu querido pai?

Professora Clélia… talvez você não saiba, mas não foram poucas as vezes que meu pai, nutrindo imensa admiração pela sua família, se inspirou na sua garra e determinação, para me dar forças na minha incessante busca por uma vida digna para a Dani. Nesta data, em que o mundo comemora o dia dos gêmeos, é com imensa emoção que presto a minha sincera homenagem às mães que, assim como você, Clélia Maria Ignatius Nogueira, Ayla Martins, Vanessa de Paiva, mãe das gêmeas Clara e Alice, portadores de síndrome de Down, Rose Barossi, mãe dos gêmeos autistas Gigi e Rafa, Fabiana Clarck, mãe adotiva dos gêmeos Raíssa e Benjamin que nasceram com paralisia cerebral e tantas outras mães, têm filhos gêmeos especiais.

Vocês realmente sabem o que é ter que, em dose dupla, mover “mundos e fundos” a que todas nós, mães de crianças especiais, nos empenhamos diariamente em prol da inclusão social e, de quebra, insistindo e persistindo pelo direito de ir e vir como cidadãos. No arbitrário “show da vida”, vocês nos contemplam com verdadeiras lições de superação e cientes de que “o essencial é invisível aos olhos”, conforme sacramentou o escritor Antoine de Saint-Exupéry, não se prendem às superficialidades, valorizando a beleza interior, que toca lá no fundo do coração. Vocês merecem, mais do que ninguém, aplausos e mais aplausos da platéia mundial. “Tiro o meu chapéu” para vocês. Parabéns!!!

~ Bia ~ 

Obesidade não se mede só na balança

Fonte: Unimed

Dando continuidade ao post anterior, onde falamos sobre Sedentarismo, como no início deste mês, mais precisamente no dia 4 de março, foi o Dia Mundial da Obesidade, achei por bem trazer esse assunto, pois ambos, na quase totalidade das vezes, costumam andar de mãos dadas.  

Mas, o que é obesidade? 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por  definição, a obesidade é uma doença crônica, com o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo que pode prejudicar a saúde. A caracterização da obesidade depende de um parâmetro muito importante: o Índice de Massa Corporal (IMC) que é um índice simples que considera o peso e a altura da pessoa, comumente utilizado para classificar sobrepeso e obesidade. Apesar de ser um método prático e rápido, o IMC nem sempre é o mais preciso, pois desconsidera a distribuição de gordura no corpo e as proporções corporais, indicando que uma das formas de controlar essa limitação é também analisar, além do IMC, a circunferência abdominal. Nesse caso, medida igual ou superior a 94 cm em homens e 80 cm em mulheres são sinais de alerta, principalmente para doenças do coração.

No entanto, combater a obesidade não é só uma corrida contra a balança e a fita métrica pois, apesar de muita gente achar que ela está associada apenas ao sedentarismo, a obesidade não pode ser simplesmente vista apenas como uma questão de “vencer a preguiça e a gula” ou até mesmo da “falta de vontade” em  praticar atividades físicas. Por conta de uma série de fatores (hormonais, inflamatórios, medicamentosos e genéticos), pessoas obesas geralmente não se satisfazem com a mesma quantidade de comida que as pessoas de peso considerado adequado e, muitas vezes, se elas emagrecem, o cérebro entende que o corpo precisa poupar energia,  o que acaba fazendo com que elas voltem a ganhar peso novamente. Estudos científicos também mostram que, nos últimos vinte anos, o número de crianças e adolescentes com obesidade e sobrepeso quase dobrou no mundo. Se essa tendência continuar, poderemos, daqui a alguns anos, ter mais casos de obesidade infantil do que crianças com baixo peso corporal.

Por que será que isso está acontecendo?

Além dos fatores acima mencionados, outros fatores também interferem na obesidade, como a situação socioeconômica e o ambiente em que vivemos, onde é possível verificar as drásticas mudanças causadas pela tecnologia no estilo de vida, principalmente dos mais jovens. As atividades e brincadeiras ao ar livre, por exemplo, perderam espaço para smartphones e jogos eletrônicos; e os hábitos alimentares também mudaram radicalmente, sendo que o estilo de vida “moderno” está levando milhões de pessoas a consumirem cada vez mais alimentos processados e os famosos “fast-foods”, mais e mais acessíveis ao consumidor. Deste modo, não é raro encontrarmos adultos, crianças e adolescentes consumindo cada vez menos alimentos saudáveis.

Quais são as causas da obesidade?

De acordo com a Sabin, a obesidade é uma doença que pode ser influenciada por múltiplos fatores, como a alimentação, hábitos de vida (tabagismo e consumo de álcool, por exemplo), sedentarismo, fatores psicológicos e sociais sendo, portanto, considerada uma doença multifatorial.

A causa fundamental da obesidade é um desequilíbrio energético entre as calorias consumidas e as calorias gastas. Ou seja, a pessoa ingere mais calorias do que seu corpo consegue gastar, fazendo com que o corpo, ao longo do tempo,  vá armazenando toda essa caloria na forma de gordura, aumentando o peso corporal.

A partir desse conceito, fica bem mais fácil compreender que o principal fator influenciador para o desenvolvimento da obesidade é o sedentarismo (falta de atividade física) aliado ao consumo excessivo de alimentos calóricos e com excesso de gordura. Razão pela qual, diz-se que o desenvolvimento da obesidade está diretamente ligado a questões comportamentais e de estilo de vida.

No entanto, fatores genéticos que facilitem o acúmulo de gorduras também podem influenciar no desenvolvimento da obesidade. Afinal, nem toda pessoa sedentária e com uma má alimentação torna-se obesa. 

Fatores psicológicos e ambientais também exercem influência, especialmente questões emocionais como o estresse, baixa autoestima, preconceito, depressão, ansiedade e insatisfação com o corpo podem desencadear uma compulsão alimentar, prejudicando a manutenção do peso corporal.

Alterações glandulares em crianças e adolescentes como, por exemplo, deficiência do hormônio de crescimento ou alterações na tireoide, também propiciam o aumento de peso. Por fim, a utilização de alguns remédios como antidepressivos, antipsicóticos e corticoides (recomendados contra alergias e inflamações) podem levar ao ganho de peso.  

Desse modo, o excesso de gordura no corpo acaba desencadeando ou agravando muitas doenças, atingindo o coração, fígado, rins, articulações e sistema reprodutivo. Isso leva a uma série de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer, bem como problemas de saúde mental, sem considerar que pessoas com obesidade também têm três vezes mais chances de serem hospitalizadas devido à COVID-19. 

Diante de todos esses “males”, a chave para prevenir a obesidade é agir cedo, de preferência antes mesmo de o bebê ser concebido. Uma boa nutrição na gravidez, seguida de amamentação até os seis meses de idade e continuada até dois ou mais anos, é ideal para todos os bebês e crianças pequenas, pois uma das formas mais eficazes de combater a obesidade é a mudança no estilo de vida, com hábitos saudáveis, ressaltando-se que intervenções medicamentosas só devem ser consideradas quando medidas não farmacológicas não surtem efeito, contribuindo para o controle da doença e diminuição das comorbidades. Se você, assim como eu, está acima do peso, vale a pena conferir algumas dicas legais para mudar o estilo de vida, clicando no site Saúde Não Se Pesa que é um movimento para conscientização sobre obesidade, organizado pela Novo Nordisk.

Como não existe uma fórmula mágica para tratar o excesso de peso sem adotar um estilo de vida saudável, com menos consumo de alimentos calóricos, prática regular de exercícios físicos e atividades de lazer que auxiliam na redução do estresse e, consequentemente, na perda de peso, caso seja necessário, é aconselhável consultar um profissional da saúde para uma avaliação de possíveis fatores que possam estar contribuindo para a obesidade e a busca por um tratamento e orientações que possam  reduzir o fator causal do problema. Assim, se você tem interesse em saber se está acima do peso, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) disponibiliza uma calculadora de IMC, que calcula o resultado de acordo com peso e altura fornecidos e indica a sua classificação, bem como o peso ideal seguindo a tabela de referência. É só clicar aqui para fazer uma autoavaliação. Caso o resultado esteja alterado, é recomendável procurar um médico especialista para uma avaliação mais criteriosa e iniciar o tratamento mais indicado para seu caso.

Como acabamos de ver, falar sobre a obesidade vai muito além dos números da balança. A obesidade é realmente uma doença complexa, de origem multifatorial, com diversas causas envolvidas em seu surgimento, que podem ser de natureza individual, coletiva, social, econômica, cultural e ambiental, não estando relacionada apenas a atitudes e comportamentos individuais. Porém, vale lembrar que dentre as estratégias de prevenção e cuidado da obesidade para deter o avanço ou reduzir a prevalência da doença, é preciso manter hábitos saudáveis como alimentação adequada e uma vida mais ativa fisicamente, gerando maior qualidade de vida. Afinal, a prevenção sempre foi, é e será a melhor estratégia, e isso vale para qualquer doença!!!

~ Bia ~

Sedentarismo: o mal do século 21

Fonte: Dignus

Você sabia que no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada cinco adultos e quatro em cada cinco adolescentes não praticam atividade física?

E você? Faz parte dessa estatística? Honestamente, esse post é para mim mesma, pois eu faço parte das milhões de pessoas que (até agora) não se movem, literalmente, em busca de uma vida mais saudável. Justamente para alertar pessoas que, assim como eu, são sedentárias, é que se comemora, no dia 10 de março, o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo, cujo objetivo é colocar em pauta a importância de práticas saudáveis, como atividades físicas e alimentação adequada.

Para se ter uma ideia, conforme a Revista Suplementação, uma pessoa é considerada sedentária quando não “queima” 2.200 quilocalorias em qualquer tipo de atividade ao longo de uma semana, ou seja, quando os movimentos que realiza no dia a dia não se encaixam nesse patamar. Assim, causando diversos prejuízos para o corpo, o sedentarismo pode se manifestar em 4 diferentes níveis:  

 • No primeiro nível, estão as pessoas que fazem eventuais caminhadas durante a semana, mas não consideram a prática como algo que deve fazer parte da rotina;

• Já no segundo, estão aqueles que só se movimentam para separar o lixo, lavar a louça e, eventualmente, ir ao supermercado;

 • O terceiro nível é composto por quem evita qualquer tipo de esforço físico, por mais sutil que ele seja;

 • Por fim, no nível quatro, estão as pessoas que dificilmente se lembram quando foi a última vez que caminharam e, geralmente, passam o dia sentadas em frente ao computador, assistindo televisão ou em repouso (deitadas).

Considerado o mal do século, embora o sedentarismo esteja diretamente associado à obesidade, ao contrário do que muita gente pensa, ele pode provocar outros  problemas ligados à saúde que não estão necessariamente relacionados ao aumento de peso. Não praticar atividades físicas pode contribuir para a elevação do colesterol ruim, além do aparecimento de outros males, como: 

• Doenças cardiovasculares: a falta de atividade física pode causar aumento da pressão arterial, entupimento de veias ou artérias, infarto ou acidentes vasculares. Além da alimentação saudável, é importante cuidar do coração movimentando o corpo;

 • Diabetes: o sedentarismo dificulta o  equilíbrio entre a produção ideal de insulina e seu consumo, levando o organismo a desenvolver um quadro de diabetes e demandar, consequentemente,  o uso de medicamentos para controle da doença;

 • Ansiedade: quando exercitamos, nosso corpo passa a produzir maiores quantidades de hormônios da “felicidade”, como a dopamina e a endorfina. Em contraposição, o sedentarismo estimula a produção de cortisol, hormônio do estresse e da ansiedade;

 • Problemas nos ossos e músculos: o fortalecimento do tecido ósseo e muscular depende da prática regular de atividade física. Quem é sedentário prejudica a fixação de cálcio e proteínas nesses órgãos, podendo levar à osteoporose, entre outras doenças relacionadas.

Desse modo, de acordo com o depoimento da médica Rosylane Rocha à Agência Brasil, a prática de atividade física traz diversos benefícios à saúde; favorece a normalização dos níveis de colesterol, triglicerídeos e glicemia; previne doenças cardiovasculares e atenua a evolução da osteoporose. Além disso, também libera endorfinas, os famosos hormônios da felicidade, fazendo com que o indivíduo se sinta com mais energia para as atividades diárias e de trabalho, bem como melhorando a qualidade do sono e o próprio humor.

Porém, para quem está sedentário e quer começar a praticar alguma atividade física, a médica recomenda que quem queira começar, deve procurar um médico para ver o padrão cardiorrespiratório e, posteriormente, um profissional de educação física que possa orientar as atividades de acordo com as condições físicas. Ela também alerta para os cuidados de se realizar a atividade com regularidade, pois há quem queira fazer atividades muito desgastantes num curto período de tempo e isso pode causar uma lesão ou um trauma, ao invés de trazer benefícios.

Assim, após uma avaliação médica antes de iniciar qualquer atividade física, combinar uma alimentação equilibrada à prática regular de exercícios como, por exemplo, caminhada diárias de 30 minutos é uma boa opção para começar. A hidratação e a escolha da roupa adequada também ajudam nesse processo. A boa notícia é que não é preciso se matricular em uma academia para deixar de ser uma pessoa sedentária.

Para começar a se mexer, a recomendação é adotar pequenos hábitos no dia a dia. O primeiro passo é encontrar algo que a gente gosta, assim teremos mais chances de nos manter ativos com essa atividade. Além disso, simples ações podem ser inseridas no dia a dia para ajudar a ter uma vida mais saudável. Algumas dicas são:  

Com a atribulada realidade vivenciada pela grande maioria da população mundial, o tempo se tornou o maior empecilho para a prática de uma atividade física. Entretanto, precisamos (pelo menos, eu preciso) nos conscientizar de que a adoção de um estilo de vida mais saudável, com menor ingestão de calorias e aumento das atividades físicas é extremamente necessário para evitarmos os inconvenientes riscos do sedentarismo. 

Como existem muitas opções de atividades, desde uma simples caminhada até a natação, passando pela musculação e outros esportes, planejar demais, esperar por isso ou por aquilo pode nos desmotivar e fazer com que a gente nunca comece. O jeito é não dar margem às indecisões, vestir um agasalho, calçar um tênis confortável e começar fazendo uma bela caminhada. Eu, pelo menos, não tenho mais desculpa para procrastinar!! E você, já praticou alguma atividade física hoje? “Bora” se mexer, pois tudo leva a crer que “quem não se movimenta, se trumbica”!!! Rs.

~ Bia ~

Mais do que flores e chocolates

Fonte: Guia da Semana

Se tem uma data comemorativa que se destaca no mês de março, ela é, sem dúvida, o Dia Internacional da Mulher. O dia 8 de março é celebrado mundialmente para reconhecer as conquistas sociais, políticas e culturais das mulheres, sendo a data escolhida pela ONU para chamar a atenção sobre a necessidade de acelerar os movimentos em direção à igualdade de direitos e de condições em relação aos homens, visto ainda levar, de acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial, mais de 100 anos para que a equidade em áreas como participação econômica, educação, saúde e empoderamento político, realmente aconteça.

Embora ainda tenhamos que enfrentar os resquícios das heranças do sistema social patriarcalista, com o passar das décadas, graças às conquistas heróicas de muitas mulheres que lutaram bravamente pelo direito ao voto e pelo fim da discriminação, especialmente no trabalho, a mulher vem conseguindo ampliar o seu espaço nas estruturas sociais, deixando de lado a figura de mera dona de casa e assumindo cargos importantes, tanto em empresas como nas estruturas governamentais de diversos países.

No entanto, apesar da presença cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho, ainda há uma desigualdade no que se refere à diferença de gêneros. A mulher, em muitos perfis familiares, acumula as funções trabalhistas, domésticas e até maternais, ficando, muitas vezes, extremamente sobrecarregada diante de tantas responsabilidades. Além disso, convenhamos que o número de mulheres ocupando cargos de nível superior nas empresas ainda é bem menor, sem levar em consideração que o salário é proporcionalmente inferior à remuneração dos homens na sociedade atual.

É por conta dessa desigualdade ainda latente, fruto de um passado que ainda deixa os rastros, que se faz necessário continuar lutando pelos direitos femininos. Não por acaso, a influência do feminismo vem se expandindo cada vez mais, apesar do fato de muitas pessoas “torcerem o nariz” acerca desse movimento, acreditando que feminismo é o oposto de machismo ou que as mulheres feministas lutam contra os homens, entre outros equívocos. Não!!! A luta feminista é pela igualdade entre mulheres e homens na sociedade, é contra o machismo e o patriarcalismo, buscando acima de tudo, a liberdade individual pois, dentre os problemas vivenciados pelas mulheres, a violência continua firme e forte pairando em muitos lares mundo afora. Ainda que leis específicas como a “Lei Maria da Penha” e as Delegacias da Mulher tenham sido criadas no Brasil, são numerosos os casos de agressões no ambiente domiciliar, assédio, estupro, assassinatos, entre outros. 

Diante dessa polêmica, você sabia que o Dia Internacional da Mulher tem, anualmente, um tema específico para homenagear essa data? Esse ano o tema é: “DigiALL: Inovação e tecnologia para a igualdade de gênero” pois, de acordo com a ONU,  37% das mulheres não utilizam a Internet e 259 milhões têm menos acesso ao universo tecnológico do que os homens, apesar de representarem quase metade da população mundial. 

Desse modo, como nossas vidas dependem de uma forte integração tecnológica, tais como assistir a um curso, ligar para entes queridos, fazer uma transação bancária ou marcar uma consulta médica, onde tudo passa por um processo digital, trazer as mulheres para a tecnologia resulta em soluções mais criativas e têm maior potencial para inovações que atendam às necessidades das mulheres e promovam a igualdade de gênero. 

Neste sentido, segundo a ONU Mulheres, “uma abordagem sensível ao gênero para inovação, tecnologia e educação digital pode aumentar a conscientização de mulheres e meninas sobre seus direitos e engajamento cívico”, uma vez que os avanços na tecnologia digital oferece imensas oportunidades para enfrentar os desafios humanitários e de desenvolvimento e para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Infelizmente, as oportunidades da revolução digital também representam um risco de perpetuar os padrões existentes de desigualdade de gênero, de forma que essas crescentes desigualdades tornam-se cada vez mais evidentes no contexto das competências digitais e do acesso às tecnologias, com as mulheres a serem deixadas para trás como resultado desta divisão digital de gênero. Assim, a necessidade de tecnologia inclusiva e a educação digital é, sobretudo, crucial para um futuro sustentável.

Por todos esses motivos, não obstante as mulheres venham se projetando cada vez mais no cenário socioeconômico e político mundial, sendo uma centena delas, conforme a Revista Forbes, listadas como as mulheres mais poderosas do mundo, existem ainda muitos e muitos obstáculos a serem enfrentados. É preciso combater a cultura machista e aqui faço uma ressalva, pois isso não quer dizer, de forma alguma, “combater os homens”, mas sim melhorar o acesso das mulheres a postos de trabalho e cargos elegíveis, promover melhores salários, efetivar o direito da mulher sobre o seu próprio corpo e sobre a sua liberdade individual, além de promover a proteção de muitas mulheres que continuam sendo ameaçadas no seu dia a dia. Como podemos verificar, os desafios são gigantescos, mas quanto menor for a resistência das pessoas no sentido de questionar ou combater as pautas femininas, mais ampla será a efetivação de uma sociedade mais igualitária. Trata-se de uma missão a ser concluída por toda a sociedade, tanto pelas mulheres quanto pelos homens.

Posto isso, como comemorar o Dia Internacional da Mulher? Apesar de não ser uma data comercial, o Dia Internacional da Mulher deve, sim, ser comemorado. Afinal, quem não conhece uma mulher especial? Por isso, além de receber flores e/ou chocolates, a maioria das mulheres apreciam serem reconhecidas, porque todo dia, na verdade, é Dia da Mulher e clamamos, sim, por justiça, respeito e dignidade!!! 

~ Bia ~

O Poder da Oração

Fonte: Conhecimentos do Pai

Já estamos no final do primeiro trimestre do ano e nos deparamos com mais uma data comemorativa que leva à reflexão. Celebrado na primeira sexta-feira de março em mais de 170 países, o Dia Mundial da Oração ajuda a fortalecer a importância da religião no cotidiano das pessoas, além de promover o aumento de obras missionárias e doações de civis a entidades religiosas que desempenham projetos sociais. Porém, é relevante destacarmos que essa data não é direcionada apenas a uma religião, mas para todos os credos que se utilizam das orações para a realização de obras benéficas para toda a humanidade.

Segundo o Calendarr, o Dia da Oração teve a sua origem no século XIX, através de um grupo de mulheres cristãs dos Estados Unidos e do Canadá que se propuseram a conscientizar as pessoas de que o ato de orar ia além de proferir palavras ou fazer penitências, mas também agir efetivamente no auxílio de causas sociais. Compartilhando dos mesmos ideais, grupos femininos de diversas outras denominações cristãs como batistas, anglicanos e presbiterianos, também foram estabelecendo dias para orar pelas missões de suas próprias igrejas. Entretanto, após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), diante da caótica realidade de que o mundo estava sofrendo dos mesmos problemas, muitas associações femininas se uniram para criar um dia especial onde se orasse por todos aqueles que necessitavam de auxílio, surgindo-se, assim, na década de 20, o Comitê do Dia Mundial da Oração, que ficou encarregado de elaborar uma liturgia específica para este dia. Em 1968, ficou estabelecido que a cada quatro anos o Comitê Internacional do Dia Mundial de Oração se reuniria, em prol da expansão desse movimento. 

Após esses esclarecimentos que justificam a criação de uma data comemorativa, vamos divagar sobre a oração propriamente dita. Afinal, o que é orar? Orar é falar com Deus, de sermos sinceros sobre nossas preocupações e necessidades, ainda que Ele já saiba o que se passa em nossa vida e em nossos corações. Aqueles que, assim como eu, conversam diariamente com Ele, também têm a liberdade de pedir em favor dos outros, pois temos a fé de que Ele pode intervir e transformar toda e qualquer situação.

No entanto, para muitos, a oração é simplesmente um ritual religioso. Às vezes, a visão da oração pode ser bastante limitada, não levando em conta uma série de benefícios que a conexão diária com Deus pode nos proporcionar. Mas, qual a importância da oração? Por que é necessário orar? 

Porque quem busca forças na oração, renova-se diariamente, consciente de que, mesmo em meio à imensidão de compromissos profissionais e pessoais, ter contato com Deus por alguns minutos é fundamental para construir uma vida plena em todos os sentidos, seja mental, física ou espiritual. Assim, quando criamos o hábito de orar, devemos orar sempre com o espírito de gratidão por tudo que temos, pois ao sermos gratos, o cérebro cria novos neurotransmissores que nos dão mais motivação, mais bem estar e serenidade. Afinal, ter uma postura de gratidão, como já mencionado em um dos posts anteriores, é a chave para viver uma vida feliz e abençoada.

Quando oramos de forma sincera e autêntica, renasce dentro de nós a esperança, o otimismo e a vontade de viver, pois a oração tem o poder de nos levar a um profundo sentimento de alegria e satisfação, capaz de trazer Deus ao cenário de nossa existência, reconhecendo que Ele ajuda a superar os sofrimentos, os infortúnios e as contrariedades da vida. 

A oração faz sim, um bem “danado”, fortalecendo nossa fé e a nossa caminhada neste mundo, proporcionando-nos inúmeros benefícios, principalmente para a nossa saúde. Isso mesmo!!! A oração reflete no corpo humano e segundo Dr. Don Colbert, médico cristão e pesquisador, “a oração pode ter um efeito a longo prazo positivo, chegando realmente a reprogramar e reconstruir o cérebro”. Ele ainda afirma que os pesquisadores, por meio da ressonância magnética, têm conseguido “observar mudanças fisiológicas que ocorrem nos cérebros daqueles que oram regularmente”. De acordo com as pesquisas da Dra. Lisa Miller, diretora do Instituto de Espiritualidade para o Corpo e Mente, da Universidade Columbia (Estados Unidos), pessoas que costumam orar com frequência tendem a ter um córtex cerebral mais espesso, que é associado ao menor risco de depressão, ansiedade e estresse. Até mesmo diversos outros cientistas concordam que orar ou meditar tem o poder de aliviar as preocupações, pois como nossa “alma” se alimenta daquilo que oferecemos, ao orarmos, fortalecemos nossa vida contra os vírus que querem a todo custo destruir nosso sistema imunológico espiritual.

Neste sentido, a oração realmente nos fortalece e nos ajuda a superar as dificuldades da vida, pois ela tem o poder de acalentar, apaziguar, encorajar e despertar novas esperanças. Quando iniciamos uma vida de oração, descobrimos que a felicidade é fruto do amor infinito de Deus por nós e como ela tem o poder de restaurar corações e transformar vidas. Da mesma forma, quando deixamos de orar, nossa alma desfalece e, gradativamente, nossa fé diminui. Quanto mais oramos, mais estamos unidos a Deus e maiores são os efeitos da oração em nossa vida.

Ainda que muitos enxerguem a oração dentro de uma doutrina, não é necessário seguir uma religião para orar. Para Bruno Gimenes, cofundador da instituição Luz da Serra, não importa o caminho religioso que a pessoa tenha escolhido, a oração é um meio universal de se conectar com o planeta, com um Deus ou, até mesmo, um momento de introspecção e autoconhecimento. “Palavras que proporcionam alívio para um sofrimento ou com o objetivo de ter paz interior são bem-vindas, independentemente de credo. Há religiões que seguem ritos, mas o que importa é a busca interior por respostas que, muitas vezes, vêm em momento de oração e meditação.”

Enfim, diante do exposto, verificamos que a oração, tem sim, o poder de  nos ajudar de diversas maneiras, mas eu acredito que o verdadeiro benefício da oração não é a saúde, nem a paz interior, nem o equilíbrio, tampouco a eficiência no trabalho ou a prosperidade econômica. Tudo isso pode nos beneficiar em determinadas circunstâncias; todavia, a essência da oração, é a profunda gratidão à Deus pela nossa existência, pois sem Ele, nenhum benefício se reverte para o nosso bem. Os milagres divinos se manifestam diariamente em nossas vidas e quando agradecemos, Deus, em sua onipotência, nos presenteia com muito mais do que esperamos.

Encerro este post com o pensamento de Mahatma Gandhi: “Orar não é pedir. Orar é a respiração da alma. Como o corpo que se lava não fica sujo, sem oração se torna impuro”. Portanto,  não vamos deixar para amanhã, a oração que podemos fazer hoje! Afinal, o Ministério da “Criação Humana” adverte: orar faz muito bem para a saúde e não é proibido para menores de 125 anos!!!

~ Bia ~

“Hinamatsuri”: Dia das Meninas no Japão

Fonte: Caçadores de Lendas / Japão

Assim como o Dia dos Namorados (Valentine’s Day e White Day) é comemorado separadamente, o Dia das Crianças também é celebrado em diferentes datas no Japão. Desse modo, a festividade alusiva ao Dia dos Meninos (“Kodomo no Hi”) é no dia 5 de maio e hoje, 3 de março, é o dia em que os holofotes estão direcionados exclusivamente às meninas.

Simmm! Hoje é o Dia das Meninas, conhecido por “Hinamatsuri” e também como “Momo no Sekku” (Festival de Flores de Pessegueiro), por coincidir com a primeira floração dessas árvores, indicando o término do inverno e o início da primavera, cujas belas e delicadas flores simbolizam um matrimônio feliz para as futuras donzelas. É uma das tradições mais bonitas do Japão, pois é o dia que as famílias que têm filhas pequenas, pedem às divindades por saúde e boa sorte, vestindo-as com kimono, para receberem suas amiguinhas para um lanche, para cantarem e se divertirem.

Fonte: Caçadores de Lendas / Japão

Neste festival, as famílias costumam decorar suas casas com bonecas típicas chamadas “hina ningyo” pois muitas creem que essas bonecas têm o poder de proteger as meninas de doenças, acidentes e espíritos malignos. Essa antiga crença de que os infortúnios podem ser transferidos para as bonecas começou no Período Heian (794 – 1185), onde o ritual consistia em colocar uma boneca feita de palha ou papel no corpo da menina, para que o “mau-olhado” passasse para a boneca sendo, então, colocada em um pequeno barco de palha e enviada às águas do rio. Através dessa prática, conhecida como “Hina Nagashi”, acreditava-se que todos os maus fluidos seriam levados pela correnteza. 

No entanto, durante o Período Edo (1603 – 1868), ao invés de cultuarem o “Hina Nagashi”, as famílias optaram por colocar as bonecas “Hina” em exposição por um curto período de tempo em suas próprias casas, fazendo oferendas e orando pelo crescimento saudável e pela felicidade das meninas. Com o passar dos tempos, as bonecas de palha foram substituídas por luxuosos bonecos de cerâmica, considerados atualmente como herança de família, cujas valiosas peças são cuidadosamente embaladas e guardadas para serem novamente expostas no próximo ano. 

De modo similar aos presépios que são montados na época do Natal, em meados de fevereiro, monta-se um “altar” forrado preferencialmente com um tecido de seda vermelha, onde um sofisticado conjunto de bonecos ficam expostos sobre uma plataforma de cinco a sete degraus (Hina-dan), que representam a antiga Corte Imperial japonesa. Além dos bonecos, pequenos utensílios e peças de mobiliário são dispostos nos andares inferiores do altar, assim como pequenas árvores “Ukon no Tachibana”, uma miniatura de laranjeira, que fica sempre à direita e a  “Sakon no Sakura”, árvore de cerejeira, que fica à esquerda sendo, muitas vezes, substituída por um pessegueiro, posto que seja a estação do desabrochar de suas flores, o que faz desta exibição uma verdadeira produção artística.

Fonte: Coisas do Japão

A disposição dos bonecos segue uma hierarquia que representa o Palácio Imperial, sendo expostas na seguinte ordem:

• O topo é reservado ao Imperador (O-Dairi-sama) e a Imperatriz (O-Hina-sama) ricamente trajados, sentado diante de um biombo dourado e iluminado por duas lanternas (bom-bori); 

• Na sequência figuram três damas da corte, representando a aristocracia;

• O terceiro nível  é composto por cinco músicos que representam os artistas e literatos;

• Em seguida, dois ministros que representam os funcionários do governo, religiosos e as oferendas;

• No quinto nível,  três samurais simbolizam a classe guerreira e os domínios feudais;

• No sexto nível são dispostos objetos usados na Corte, como miniaturas laqueadas de móveis, baús para quimonos, penteadeira, caixa de costura, utensílios para a cerimônia do chá, entre outros;

• Por fim, no sétimo nível encontram-se os objetos usados pelo povo em geral, tais como miniaturas laqueadas de carroça de boi, palanquim, caixas empilháveis, carroça de flores, etc.

Fonte: Yawataya Ningyo Center

No entanto, manter-se em dia com essas tradições está ficando cada vez mais difícil para muitas famílias japonesas. Devido à falta de tempo, altíssimo valor das delicadas peças (o conjunto completo de bonecos custa de 3 a 5 mil dólares) e também pela falta de espaço, muitas famílias vêm optando por modelos compactos com 5 ou 3 plataformas ou menores ainda, contendo apenas a Imperatriz e o Imperador. Porém, qualquer que seja a escolha, os bonecos devem ser guardados imediatamente após o festival, mais precisamente no dia 4 de março, pois existe a superstição de que manter os bonecos por mais tempo resultará em um casamento tardio para as filhas.

Fonte: Kodawari Times

Como em muitos outros feriados, no “Hinamatsuri” as famílias japonesas também apreciam pratos especialmente elaborados para essa ocasião. Um dos mais populares é o Chirashizushi, que é uma tradicional iguaria japonesa composta por arroz levemente ácido, com uma variedade de ingredientes, incluindo vegetais como raízes de lótus, omelete em tiras e frutos do mar que são espalhados por cima do arroz. 

Fonte: Kodawari Times

Outro prato muito apreciado é o “Hamaguri Ushio-jiru”, uma sopa que contém mariscos como ingrediente principal, cujas conchas simbolizam a união e a tranqüilidade de um casal, pois apenas duas conchas simétricas podem se encaixar perfeitamente. Dizem que, assim como os flocos de neve, não há dois mariscos iguais. 

Fonte: Japankuru

Cremoso e levemente adocicado, oAmazake é uma bebida quente japonesa muito popular durante o Hina Matsuri como uma opção não alcoólica ao “shirozake”, ​​um saquê branco doce, que é tradicionalmente servido neste dia.

Coisas do Japão

Para a sobremesa, não podem faltar doces com tema de primavera, como o “Sakura Mochi”, bolinho de arroz recheado com feijão doce e enrolado em uma folha de cerejeira.

Fonte: Nippon.com

Outra sobremesa que também compõe o cardápio desta festividade é o “Hishimochi”, que é um bolinho de arroz com três camadas coloridas, em formato de diamante. Antigamente (Período Edo), acreditava-se que este doce estava associado à fertilidade.

Fonte: Coisas do Japão

No lanche da tarde, as crianças aproveitam para “beliscar” o “Hina Arare” que são  biscoitinhos coloridos à base de arroz, revestidos com açúcar, mas não muito doces e com  textura crocante. 

Fonte: Caçadores de Lendas / Japão

Diante de tanta formosura e gostosura, é inegável que o Dia das Meninas no Japão é um evento marcado pela graça e beleza, tanto da homenageada, vestindo o tradicional kimono, como dos preciosos bonecos em seus riquíssimos trajes cerimoniais. E… como não poderia deixar de ser, tudo alinhado às delicadas flores, que representam os traços femininos de gentileza, serenidade e tranquilidade, indispensáveis neste dia. Apesar de estar tão distante da minha princesinha Lia, que acabou de completar 7 meses, escrevi este post dedicado à ela pois, mesmo não estando presente neste momento, chegará o dia em que farei uma linda festa para comemorarmos juntas o “Hinamatsuri”!!! 

Você já conhecia esse belíssimo festival? Que tal homenagear todas as meninas, ouvindo a antiga e popular canção alusiva à essa data? A canção é ‘Ureshii Hinamatsuri’ (Feliz Dia das Meninas) e, para acessá-la, é só clicar neste link, ok?

~ Bia ~