Juntos por uma internet melhor

Fonte: CryptoID

O Dia Internacional da Internet Segura, também conhecido como Safer Internet Day, é comemorado no dia 7 de fevereiro em mais de 200 países, com o tema “Juntos por uma internet melhor”. Criado na União Europeia, em fevereiro de 2004, através da Rede Insafe, tem como objetivo promover atividades que conscientizem as pessoas sobre os riscos de segurança que podem ser encontrados ao utilizarmos a internet e ajudar no combate aos crimes cibernéticos.

A internet, sem sombra de dúvida, passou a ser ainda mais importante com a pandemia, pois trabalhar em casa (home office) tornou-se uma necessidade para muitos profissionais de diversas áreas, além daqueles que já lidam com a tecnologia em geral. As mudanças de comportamento das pessoas e o contínuo desenvolvimento tecnológico ampliaram o uso da internet, fazendo com que o computador e o celular passassem a ser as ferramentas mais utilizadas no dia a dia. 

Com o aumento de pessoas conectadas, os ciberataques se tornaram um problema recorrente em todo o planeta. Para se ter uma ideia, de acordo com o relatório de segurança da Symantec, mais de 44 milhões de brasileiros já foram vítimas de ataques cibernéticos e só no ano de 2021, o Brasil foi o quinto país que mais sofreu ataques de hackers, com um total de 9,1 milhões de ocorrências.

Como podemos observar, esse crescimento exponencial de comunicação trouxe uma preocupação com a segurança da informação que circula na rede. O cartão de crédito, por exemplo, tornou-se moeda virtual e muitas vezes, quando utilizado, a senha não é solicitada, sendo um chamariz para os hackers que criam sites e e-mails, para roubarem nossos dados. 

Fonte: TI do Brasil

Por conta dessa insegurança, para nos protegermos e diminuir os riscos de ataques, algumas orientações básicas são essenciais para navegarmos, de forma segura, na internet:

1. A primeira recomendação é manter o antivírus e o sistema operacional do computador atualizados, protegendo a rede sem fios com senha segura, tendo um tamanho ideal de 14 caracteres com letras maiúsculas, minúsculas, símbolos e números. 

2. Ao realizar compras online, é imprescindível verificar se eles possuem o famoso cadeado verde, pois é uma forma segura de saber a integridade do e-commerce. Isso significa que sua comunicação com ele é realizada de forma segura. Entretanto, vale ressaltar que até mesmo endereços maliciosos podem utilizar essa verificação. Para diminuir os riscos é aconselhável, sempre que possível,  navegar em sites com domínio seguro (https).

3. Falando em compras online, quando preenchemos o cadastro num site de comércio eletrônico, normalmente pulamos a leitura do texto descritivo em letras pequenas e automaticamente marcamos a opção “Concordo com os termos e condições de uso”, né? Embora essa prática seja comum entre os usuários da internet, é prejudicial à segurança, porque esse documento funciona como um contrato entre o comprador e a loja virtual, sendo essencial para a segurança do empreendimento. Na “Política de Privacidade”, a empresa demonstra como tratar as informações privadas cadastradas pelos clientes em seu banco de dados, sendo de suma importância não concordar com os termos de uso antes de saber do que se trata tais condições. Essa regra também se aplica a download de aplicativos ou registros de jogos ou redes sociais, nunca dando “aceite” antes de ler o material apresentando. A pressa e a falta de atenção para acessar alguns conteúdos podem trazer muita dor de cabeça.

4. Não é difícil recebermos em uma conversa ou e-mail, links que nos levam para outras páginas, não é mesmo? Precisamos ficar atentos com o recebimento de e-mails com conteúdo governamental, atualização de dados bancários ou cadastros pela internet. Pelo fato de termos, atualmente, encurtadores de URLs, que facilitam na diminuição na nomenclatura dos links, os hackers se aproveitam dessas ferramentas para redirecionar usuários a sites maliciosos, uma vez que, ao diminuir, fica mais difícil identificar para onde somos direcionados. Para verificar a precisão do e-mail, se a comunicação contém um anexo com a extensão “.exe.”, é provável que esses arquivos contenham vírus ou spyware. Não devemos abrir e a mensagem deve ser excluída o mais rapidamente possível, ok?

5. Não se conectar a redes Wi-Fi desconhecidas ou sem senha pois os cibercriminosos podem criar redes falsas de WiFi que parecem ser legítimas, usando a palavra “grátis” para que as pessoas tentem se conectar. Uma vez conectados, eles podem analisar o nosso tráfego (incluindo a captura de nomes de usuário, senhas, informações de cartão de crédito, entre outros).

6. Salvar as senhas no navegador é muito prático, vocês não acham? Porém, é importante sabermos que os criminosos podem ter acesso aos nossos dados e extrair as senhas salvas facilmente. Uma boa prática é utilizar um cofre de senhas (preferencialmente de forma offline). Assim, diferentes senhas ficam salvas em um local centralizado, bastando apenas se lembrar da senha mestre.

7. Na internet, é fundamental respeitar a privacidade, sendo necessário a autorização das pessoas para a publicação de fotos ou vídeos. Se o cadastro envolver crianças ou jovens, deve-se obter autorização do responsável, mas é prudente evitar a superexposição, tanto nossa como de nossos filhos, uma vez que, inadvertidamente, postamos fotos, vídeos e até locais de forma excessiva, dando margem a muitas informações pessoais.

8. A senha de segurança tem que ter, preferencialmente, mais de oito caracteres e combinar números e caracteres especiais. A dica é criar uma senha forte usando números aleatórios e caracteres especiais, evitando palavras muito comuns, “strings” numéricas, data de nascimento, nome de familiares ou números sequenciais. Também é importante adotar senhas diferentes para cada conta de e-mail, e-commerce e rede social que  visitamos regularmente. Se o site ou aplicativo oferecer opções, devemos incluir a verificação em duas etapas no registro, pois esse recurso foi desenvolvido para dificultar o indevido acesso, ou seja, quando um usuário digita uma senha, o serviço relacionado automaticamente envia um PIN ou algum outro código para confirmar a identidade.

9. Não deixar as crianças usarem computadores sem controle dos pais é, de longe, a melhor garantia de uma navegação segura. Embora a atual geração de crianças e jovens sejam denominados de  “nativos digitais”, a supervisão dos pais é essencial e nesse sentido, as ferramentas de controle dos pais podem ajudar os responsáveis ​​a proteger a privacidade das crianças.

Fonte: Pumpkin

Essas são apenas algumas dicas das boas práticas que podem ajudar a garantir uma navegação mais segura na internet. Levando-se em consideração que nos próximos anos, principalmente com o advento do 5G, haverá o aumento do volume de dados e informações sensíveis que estarão circulando no mundo digital, precisamos priorizar o uso seguro, ético e responsável da internet em nosso cotidiano.

Para finalizar, acho legal reforçar que não devemos, de maneira alguma, facilitar a tarefa para os hackers: com o acesso a uma senha simples ou a falta de alguns procedimentos de segurança como, por exemplo, fornecer informações confidenciais, milhões de e-mails já foram enviados para enganar pessoas, informações foram sequestradas e milhões foram roubados. 

Diante de tudo isso, todo cuidado é pouco na hora de navegar na internet, pois os hackers estão sempre sofisticando seus golpes e criando novas estratégias de ataques.

~ Bia ~